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Queer Girls

Uma boa notícia para todas as dykes conectadíssimas no mundo virtual. O blog lésbico Queer Girls passou a integrar na semana passada a lista dos Blogs Vips do portal Abril.com. Um ganho, sem dúvida, não apenas para a comunidade LGBT mas também para todos os outros espaços que abordam a mesma temática.

Administrado por uma jornalista de 36 anos, que prefere não revelar sua identidade, o blog Queer Girls fala sobre assuntos como comportamento e cultura, com comentários sobre notícias do mundo lésbico. O Queer Girls nasceu em julho de 2007 e seu nome teve uma origem bem curiosa. “Não lembro como, mas caiu em minhas mãos uma lista com mais de 100 nomes diferentes para a vagina. Isso só no Brasil, com todos os sotaques e regionalidades. Achei aquilo tão bacana, tão forte culturalmente, tão bom, que imediatamente pensei que outras pessoas deveriam ler”, conta sua dona.

Universo Les foi o primeiro nome do blog. “Aos poucos, fui percebendo que o termo les nem sempre era bem compreendido, muita gente não sabia que les é uma abreviatura de lésbica. Ficava sem sentido para alguns. Sendo assim, um tempo depois, eu criei o Queer Girls. Nada mudou no conteúdo ou na publicação. Apenas o endereço e o nome. E com a mudança, o blog ganhou muito mais força”, diz a jornalista.

Atualmente, o site recebe uma média de 350 visitas por dia, número esse que deve aumentar com a ida para o portal Abril.com. “Achei ótimo que um espaço como o portal Abril tenha convidado um blog sobre a diversidade para compor o quadro. Em alguns outros portais importantes, não acredito que isso aconteceria, pelo menos por enquanto”, observa a blogueira, que acrescenta: “Eu não acho que [o Queer Girls] irá contribuir somente para a visibilidade do blog, mas de todos os outros blogs LGBT. Depois que criei o Queer Girls, vi surgirem vários blogs lésbicos. Foram tantos nos últimos meses que eu criei outro blog chamado Lesbosfera“, destaca.

A criadora do Queer Girls observa ainda que os blogs se transformaram em verdadeiros espaços de afirmação de idéias e identidades. “Há tempos, os blogs deixaram de ser vistos como ‘diários pessoais’. São fontes de informação importantes. Os grandes veículos se alimentam desse material que é publicado na rede a todo tempo. Temos aí milhões de pessoas interligadas, construindo toda uma rede de conhecimento e subjetividade. E fico muito feliz com o que vejo acontecer: um número crescente de mulheres muito bacanas, criando e pensando uma nova realidade para as lésbicas no Brasil”, conclui.

Para conhecer o blog acesse http://blogs.abril.com.br/queergirls.

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