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“Queremos ser felizes”, dizem lésbicas que driblaram o preconceito e se casaram no RS

A tarde de sábado (13) foi a prova de que provocações, ameaças e até incêndios não devem intimidar na luta pelos direitos. Prova disso é que, contrariando os homofóbicos, Solange Ramires e Sabriny Benitez selaram, sim, a união homoafetiva em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul.

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Desde que anunciaram formar o primeiro casal entre pessoas do mesmo sexo a participar de um casamento coletivo – ao lado de 28 casais heterossexuais – do Centro de Tradições Gaúchas (CTG), elas foram constantemente ameaçadas.

Na última quinta-feira (11) o barracão onde aconteceria a cerimônia foi incendiado por um ataque homofóbico. Como não houve tempo de recuperar o espaço, a cerimônia ocorreu no fórum da cidade.

Apesar de serem apenas um dos casais a oficializarem a união, Solange e Sabriny foram bastante aplaudidas quando chegaram. Enquanto a primeira esteve com vestido de noiva clássico e Sabriny foi de smoking e sapato clássico.

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No altar, uma bandeira do arco-íris, que simboliza a diversidade sexual e de gênero, foi estendida na mesa onde os noivos trocaram as alianças. "Queremos agora é ser feliz", declarou Sabriny sobre a união celebrada.

Para evitar novos ataques, foi montado um esquema de segurança pela Brigada Militar gaúcha e apenas os noivos e familiares tiveram acesso à rua Barão do Triunfo, onde fica a sede do judiciário. A juíza Carine Labres, que teve e iniciativa de incluir o casal formado por mulheres, também teve proteção 24 horas desde quinta-feira.

A Polícia Civil já identificou quatro suspeitos de terem ateado fogo no CTG.


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