A deputada Diane Dodds, do Partido Democrático Unionista (DUP), tem expressado preocupações significativas com a resposta do serviço de saúde da Irlanda do Norte às recomendações do relatório Cass, que investiga os serviços de gênero infantil na região. As recomendações, divulgadas recentemente, apontam para uma necessidade urgente de reavaliação das práticas atuais, especialmente no que tange a prescrição de bloqueadores de puberdade para crianças, descritas no relatório como baseadas em “evidências incrivelmente fracas” e “fundamentos instáveis”.
Robin Swann, Ministro da Saúde, declarou que seu departamento se reunirá com clínicos e partes interessadas nas próximas semanas para discutir as recomendações. No entanto, a resposta do Ministro não satisfez Dodds, que questionou a ausência de ações imediatas para proteger as crianças e a falta de discussões com o setor LGBT, levantada após uma solicitação do deputado Eoin Tennyson, da Aliança, que defendeu a inclusão destes grupos nas decisões sobre tratamentos de transição de gênero.
A discussão amplia-se em um contexto onde críticos, incluindo grupos de direitos dos homossexuais, têm questionado a influência “ideológica” dos grupos LGBT na saúde. O Dr. David Bell, ex-consultor psiquiátrico da clínica de identidade de gênero Tavistock em Londres, criticou o que ele chama de agendas promovidas por grupos LGBT+, afirmando que elas causam danos e comprometem a neutralidade necessária no tratamento destas questões.
O relatório Cass e as reações subsequentes indicam uma tensão crescente entre a necessidade de cuidados baseados em evidências médicas sólidas e as vozes mais estridentes de campanhas ideológicas. Diane Dodds e outros críticos parecem determinados a pressionar por respostas claras e decisões fundamentadas em evidências, em um esforço para orientar as políticas de saúde pública em uma direção que garantam a segurança e a eficácia dos tratamentos oferecidos às crianças na Irlanda do Norte.
