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Rapte-me

Rapte-me. Faça de mim o que quiser: me jogue em tua cama, me lamba dos pés à cabeça, force minhas pernas, aperte minhas coxas, sugue os meus peitos, me absorva.

Eu pulso por você, cada gota de suor é tua, os arrepios dos meus pêlos também. Minha carne trêmula, meu líquido entre as pernas, que escorre, que lambuza: toma, bebe num gole só. Se confunda em mim, me tenha, me vire do avesso, me possua, me faça gozar.

Me olhe fundo dos olhos, se incline em cima de mim, me arranha, me rasga suavemente, me conduza, sou tua. Me enrosca no teu corpo, me força, me enfrenta num beijo longo enquanto entra em mim. Me tenha cuidadosamente, vorazmente, alucinadamente, como quem tem nas mãos um vaso delicado. Se entorpeça com meu cheiro, ponha os dentes em minha nuca, me chupe, me foda, me ame, eu sou tua.

Tens nas mãos tua mulher nua. Tens minha alma nua, meus sonhos, meus desenhos nas nuvens, meus gemidos, meus tremores, meus sorrisos, sou tua. Entra em mim e fica, faz o que quiser, mas faça como se fosse sempre último dia, a última hora, o último minuto e a última chance. Você me tem, aqui, na sua frente, uma bebida mágica que invade a alma e sacode tudo o que você é para vir a ser ao meu lado.

Sou tua mulher e para você eu me entrego suavemente, me dissolvendo em tuas mãos, delirando de prazer, mordendo os lábios e franzindo a testa. Tua, tua, tua. Perturbadoramente tua mulherzinha. Me toma.

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