A recente decisão de um casal de retirar seus filhos da St. Clare College Primary School devido à orientação sexual do professor Stefan Vassallo gerou uma forte reação entre políticos de Malta, que se uniram em condenação ao ato de discriminação. Os pais, que se descrevem como uma “família cristã”, expressaram que, embora respeitem os outros, acreditam que seus filhos não deveriam “misturar-se com pessoas que não são heterossexuais”. Essa postura evidenciou preconceitos enraizados que ainda persistem na sociedade.
O professor Vassallo, conhecido por seu ativismo em prol da inclusão LGBTQ+, manifestou sua dor e frustração em uma carta aberta, ressaltando que proteger as crianças de indivíduos LGBTQ+ perpetua estereótipos prejudiciais e ensina a exclusão. Ele enfatizou a importância de educar as crianças em um ambiente que valorize a diversidade e a aceitação.
A escola se posicionou firmemente ao lado de Vassallo, rejeitando o pedido dos pais para a troca de professor, o que levou o casal a considerar a transferência dos filhos para uma instituição que considerassem “mais adequada”. O ministro da Educação, Clifton Grima, elogiou a escola por sua abordagem, sublinhando que o foco deve ser fornecer às crianças as ferramentas necessárias para seu desenvolvimento, ao invés de se preocupar com a vida pessoal dos educadores.
A secretária parlamentar de Igualdade, Rebecca Buttigieg, comentou que situações como essa revelam a necessidade de continuar lutando contra mentalidades errôneas. Ela afirmou que, embora todo pai deseje o melhor para seus filhos, não consegue compreender como a identidade de um educador pode impactar sua profissão. O deputado do PN, Claudette Buttigieg, também se manifestou, afirmando que rótulos e segregação são coisas do passado e que tais decisões apenas instilam discriminação nas crianças.
Sandra Gauci, presidente do ADPD, expressou solidariedade ao diretor da escola, que se recusou a ceder à pressão dos pais. Ela lembrou que discriminar alguém com base em gênero ou orientação sexual é ilegal e que é por meio da educação que esses preconceitos devem ser combatidos. O caso destaca que ainda há muito a ser feito na luta contra a homofobia e a promoção de um ambiente escolar inclusivo para todos.
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