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Realidade ou soberba?

Ontem participei pela sétima vez da Parada Gay de Salvador. Ao final do evento fiz uma reflexão e comentei com Augusto sobre minha constatação: eu devo ser e pessoa que mais cobriu Paradas Gays no Brasil, mas por um momento achei que estava sendo soberbo ao pensar isso, porém enquanto voltava para minha casa, hoje, pensei mais a fundo e concluí que realmente sou esta pessoa.

 
Já passei pelo MixBrasil – onde fiquei cinco longos anos – e hoje estou no A Capa/Disponivel, que logo completo três anos de labuta por lá. Mesmo antes de trabalhar diretamente no mercado gay e fazer dele minha única fonte de renda, já freqüentava eventos gays, mas com um aspecto mais militante. São dez anos envolvidos com isso, sendo que oito deles como profissional.
 
Analisando meus colegas de profissão e pessoas ligadas à mídia gay não consigo ver uma pessoa que tenha efetivamente reportado os fatos que se passaram nesses eventos tão importantes para a comunidade gay. Quando digo reportar é no sentido de cobertura jornalística e não ativistas, empresários ou pessoas que de alguma maneira fazem parte deste movimento por tantas vezes.
 
Já estive em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Cuiabá, Camaçari, Porto Alegre, Brasília, Curitiba e Fortaleza – será que esqueci de alguma cidade? – com objetivo de observar os fatos mais relevantes para registrar para a eternidade tais momentos que fizeram parte do ativismo de cada uma dessas cidades. E em várias delas estive mais de uma vez, como Salvador que fui pela sétima vez. Cuiabá três, São Paulo nove…
 
Nestes oito anos que cubro Paradas Gays já vi de tudo um pouco, fiz amigos, conheci artistas e personalidades em geral. Já entrevistei gente bacana, já fotografei de tudo um pouco e até já me safei de um incidente em cima de um trio desgovernado descendo uma ladeira em uma cidade que prefiro não comentar, não quero levantar essa lebre agora.
 
A foto que ilustra este post é de 2005 (em sentido horário Sergio Di Pietro, eu, Marcellus e Augusto Rossi). Estamos todos mais jovens, mas também menos experientes. A dupla Sérgio e Augusto sem dúvida já estiveram presentes em mais Paradas que eu – viajaram o Brasil todo fortalecendo a marca Disponviel.com, que hoje também represento -, mas na época éramos de empresas diferentes. Mas tenho memória e sem dúvida naquele ano foi dado inicio a algo que acontece agora.
 
Nesses anos todos tiveram muitas situações que não esqueço – boas e ruins. E tem duas delas que são muito presentes. Uma foi na Parada do Rio em 2008, que fui sozinho para cobrir e fiz um trabalho excelente – elogiado por muita gente. E outra quando uma pessoa que respeito muito como profissional ressaltou em uma reunião grande sobre minha experiência em cobrir o tema. Também não posso esquecer do comentário de um ativista por MSN neste momento, enquanto termino de escrever… Tipo reconhecimento!
 

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