No dia 15 de abril de 2025, a Rebell-AG se dedicou a discutir a intersecção entre gênero e luta de classes, enfatizando a importância de unir a luta pelos direitos LGBTQIA+ com a luta de classes. O encontro buscou entender a perspectiva revolucionária sobre gênero, utilizando textos de Lenin e do ‘Revolutionärem Weg’ como base para a análise. Durante as discussões, os participantes criticaram a ‘Teoria do Copo d’Água’, que sugere que a sexualidade deve ser tão acessível quanto a água, argumentando que essa visão desvia a juventude da revolução e reduz a sexualidade a um mero impulso físico.
Além disso, a análise revelou que Lenin, em suas obras, focava apenas em relações heterossexuais, deixando de lado a complexidade das identidades de gênero. Um dos pontos destacados foi a crítica à ênfase excessiva na identidade de gênero em detrimento da classe social, sugerindo que essa abordagem prejudica tanto a luta de classes quanto a emancipação das mulheres e da comunidade LGBTQIA+.
Os participantes também trouxeram para a discussão o conceito do ‘Gender-Unicorn’, uma ferramenta que visa ajudar os jovens a definir sua identidade de gênero. No entanto, foi observado que essa ferramenta, apesar de suas intenções, acaba reproduzindo papéis de gênero tradicionais. Como uma alternativa criativa, a equipe desenvolveu o ‘Klassenfuchs’, um instrumento que auxilia os indivíduos a analisarem sua origem e posição de classe, promovendo uma maior conscientização sobre a sua classe social.
A Rebell-AG concluiu que a MLPD (Partido Marxista-Leninista da Alemanha) já abordou essas questões de forma satisfatória e que é essencial disseminar essas ideias. O grupo uniu-se em um chamado para acabar com os papéis de gênero opressores que ainda persistem na sociedade burguesa, afirmando que tais conceitos não têm lugar em um futuro socialista. A Rebell demonstrou solidariedade com todos os oprimidos, focando especialmente na luta da comunidade LGBTQIA+ e destacando que os trabalhadores, independentemente de sua orientação sexual, são a força vital da sociedade. Com isso, o grupo planeja aumentar sua presença nas próximas paradas do orgulho (CSDs) e se conectar de maneira mais assertiva com a juventude trabalhadora.