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Reitoria da UFMG oficializa expulsão de aluno homofóbico do alojamento

Como havia sido noticiado com exclusividade pelo site A Capa, foi decidido ontem em reunião da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) a expulsão de V.S. – estudante do curso de engenharia – da Moradia II (alojamento dos alunos). No encontro, foi estabelecido um prazo de quinze dias para que o mesmo deixe o espaço cedido aos alunos da instituição.

Sobre a denúncia feita pelo aluno agredido, Fernando Ferreira, 22, de que houve omissão por parte dos seguranças na hora da agressão, a Reitoria informa que já foi encaminhado à empresa responsável (pois se trata de um serviço terceirizado) a substituição de toda a equipe que presta serviço no Campus da Universidade.

Foi também notificado pela Reitoria da UFMG que já foi dado início aos processos de uma Comissão de Processo Disciplinar para averiguar se o aluno que cometeu a agressão contra o colega de alojamento foi motivado por homofobia, caso seja comprovada a intolerância serão aplicada medidas que constam no regimento da Universidade. 

Entenda o caso

Na madrugada de sexta para sábado (14/03), o estudante Fernando e sua amiga Adriana chegavam da rua. Quando ambos estavam próximos a entrada da Moradia II, Fernando foi surpreendido pelas costas pelo aluno V.S. e agredido com um chute.

Ao conversar com a reportagem do A Capa, o estudante de Artes Visuais contou que na primeira agressão correu para dentro da Moradia II. "Pensei que lá dentro estaria mais seguro por conta dos seguranças, mas eles não fizeram nada", relata. A sua amiga tentou defendê-lo, porém também foi agredida pelo garoto e pela namorada dele com chutes nas costas. "Se os seguranças tivessem intervido antes, ela não teria apanhado", cobra o estudante.

Fernando revela que, durante a briga, o agressor o chamava de "bichinha" e "viadinho". Segundo o rapaz, após a segurança do alojamento apartar a briga, V.S. disse à sua namorada que já tinha conseguido o que queria. V. ainda proferiu ameaças e gritos de ódio como "nojo aos homossexuais". A vítima disse à reportagem que V. já demonstrava sinais de intolerância ao apelidar o quarto de Fernando de "gaiola das loucas" e declarar que lá dentro "só há viados".

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