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Religiosos fundamentalistas divulgam notícias fantasiosas para combater direitos LGBT

Não é de hoje que muitas igrejas atuam como pedra no sapato na luta contra a homofobia e em prol dos direitos LGBT. Contrariando as frases de "amor ao próximo", muitos fundamentalistas fazem campanha e até pedem para "descer o porrete" contra os direitos humanos.

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Há algumas semanas, a campanha anti-gay foi apelativa e mentirosa. Tudo porque muitas notícias fantasiosas foram compartilhadas como se fossem verdade e que tentavam induzir que existe perseguição de LGBT contra evangélicos.

Dentre elas, a "notícia" de que o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) lançou um projeto para proibir o casamento entre evangélicos. A nota – que surgiu dentro de um site de humor crítico – foi divulgada pelo pastor David Morgado como se fosse verdade. Mesmo com Jean esclarecendo diretamente no perfil dele, o pastor compartilhou outras três vezes e custou a remover.

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Outra mentira compartilhada na rede é um vídeo com imagens de um homem sendo preso por "suposta homofobia". Uma voz diz que ele sofreu perseguição religiosa por ser contra o casamento gay e sofrer a denúncia de militantes gays do PT. O ativista e DJ Pomba encontrou o vídeo original e descobriu que tudo não passava de mais uma farsa.

A voz foi acrescentada por edição e o pastor não foi preso por "perseguição religiosa pró-LGBT". Ele havia sido preso em Osasco por estar pregando com som alto, por ter se recusado a abaixar e, por fim, por ter desacatado a autoridade.
 


O vídeo com a voz acrescentada por edição


O vídeo original
 

Outra farsa divulgada como se fosse verdade é a de que Jean – que apoiou a presidente Dilma no segundo turno como uma tentativa de atrair o voto dos jovens – representaria a juventude no Congresso Nacional.

Silas Malafia entendeu uma notícia do site Terra de maneira equivocada e pediu, então, para que os evangélicos acordassem e se manifestassem contra a possível entrada de Jean no Congresso com tal posto. Dias depois, pessoas evangélicas começaram a divulgar no Twitter a hashtag # JeanWyllysNãoMeRepresenta.

Segundo Pomba, a farsa é corriqueira e utilizada por muitos fundamentalistas. “Querem simular uma perseguição contra cristãos que não ocorre e se vitimizarem. Utilizam essa manobra para justificar o discurso de ódio, travestido de liberdade religiosa e que já deveria ser criminalizado por uma necessária lei que combatesse a homofobia”.

Além disso, há outras declarações e frases que nada tem relação ao respeito religioso e ao próximo. O pastor Sargento Isidorio (PSC), por exemplo, declarou no Youtube que a seca que afeta São Paulo é dos homossexuais e da Parada Gay.

A pergunta que fica é: mentir também é pecado?

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