Nos Estados Unidos, a administração do presidente Donald Trump está promovendo uma drástica remoção de imagens e informações de arquivos que abordam temas de diversidade, igualdade e inclusão. Essa ação não apenas afeta representações de minorias, como mulheres e a comunidade LGBT, mas também remove referências históricas significativas, como as do famoso bombardeiro ‘Enola Gay’. Este avião, que lançou a primeira bomba atômica sobre Hiroshima em 1945, teve seu nome apagado dos arquivos governamentais, possivelmente por causa da conotação da palavra ‘gay’. O professor Roland Meyer, especialista em mídias, destaca que essa limpeza se estende a várias imagens e documentos que celebram a diversidade, como fotos de heróis de guerra afro-americanos e registros dos Navajo Code-Talkers, que desempenharam um papel crucial na comunicação durante a Segunda Guerra Mundial.
Além disso, a estratégia do governo pode ter ramificações preocupantes para o futuro da pesquisa científica e da inteligência artificial, que frequentemente se baseiam em dados históricos que agora estão sendo eliminados. Meyer alerta que isso pode perpetuar estereótipos raciais e de gênero na tecnologia, já que os algoritmos de inteligência artificial são alimentados por dados que refletem a realidade social. No contexto atual, onde a visibilidade e a representação são fundamentais para a luta por direitos e inclusão, a remoção de conteúdo que celebra a diversidade é vista como um retrocesso. O chamado ‘extermínio’ de arquivos e imagens pode ser interpretado como uma tentativa de reescrever a história e silenciar vozes marginalizadas, incluindo a comunidade LGBTQIA+. Em resposta a essas preocupações, iniciativas para preservar dados em servidores internacionais estão sendo consideradas, destacando a importância de manter a memória histórica acessível e visível.
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