Nos últimos dias, diversas páginas de saúde pública dos Estados Unidos, incluindo as do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), foram retiradas do ar após ordens executivas da administração Trump. Essas mudanças ocorreram após a determinação de que o governo federal reconheceria apenas dois sexos: masculino e feminino. Com isso, informações relacionadas a saúde LGBT, HIV e alguns dados sobre vacinas foram removidas, gerando preocupações sobre o impacto na saúde pública e na proteção de minorias.
As ordens executivas visam eliminar programas federais de diversidade, equidade e inclusão, e a implementação dessas diretrizes levou ao apagamento de mais de 8.000 sites do governo que promoviam ou refletiam a ideologia de gênero. Por exemplo, um memorando da Administração de Pessoal dos EUA ordenou que todas as agências removesse mídias que promovessem a ideologia de gênero até o dia 31 de janeiro.
As páginas que discutiam questões de gênero, doenças sexualmente transmissíveis e saúde LGBT foram especialmente afetadas. O CDC, em resposta a essas ordens, começou a retirar conteúdos relacionados à identidade de gênero e à saúde LGBT, o que, segundo especialistas, pode prejudicar a prevenção do HIV, uma vez que a doença afeta desproporcionalmente grupos minoritários, incluindo homens gays e bissexuais, além de pessoas trans.
Essas mudanças não só criam uma lacuna perigosa nas informações de saúde, mas também levantam preocupações sobre a censura e a falta de dados necessários para monitorar surtos de doenças. Autores de uma declaração conjunta, Dr. Tina Tan e Dr. Colleen Kelley, enfatizaram que a remoção de recursos relacionados ao HIV e à comunidade LGBT é alarmante e ameaça a saúde pública.
A crítica geral é que essas ações não apenas ignoram as necessidades de saúde de uma parte significativa da população, mas também retrocedem em anos de avanços na luta por igualdade e reconhecimento dos direitos da comunidade LGBT nos Estados Unidos.
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