Em uma medida impactante, o governo do ex-presidente Donald Trump removeu de seus sites oficiais termos fundamentais para a comunidade LGBTQIA+, como gay, lésbica, bissexual, transgênero e HIV. Essa censura foi detectada logo no início de seu segundo mandato, de acordo com um levantamento da ONG GLAAD, que há décadas monitora a representatividade na mídia LGBTQIA+. As alterações começaram a ser notadas na Casa Branca e se espalharam por outros sites governamentais, onde referências à diversidade sexual e de gênero foram suprimidas.
Além da remoção de termos, Trump também assinou uma ordem executiva que define a política oficial do governo como reconhecendo apenas dois sexos: masculino e feminino, alegando que esses sexos são imutáveis e baseados em uma ‘realidade fundamental e incontestável’. O decreto estabelece que mulheres são identificadas como aquelas que produzem a ‘grande célula reprodutiva’ e homens, aqueles que produzem a ‘pequena célula reprodutiva’.
Essa ordem, intitulada ‘Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero e restaurando a verdade biológica ao governo federal’, não apenas elimina políticas inclusivas, mas também proíbe o uso de recursos federais para promover iniciativas relacionadas à chamada ‘ideologia de gênero radical’. A GLAAD, que já começou a catalogar conteúdos inclusivos nos sites governamentais, identificou a remoção de 54 links da Casa Branca e outros 12 de departamentos federais.
Sarah Kate Ellis, presidente da GLAAD, criticou essas ações, argumentando que elas visam dificultar o acesso da comunidade LGBTQIA+ a recursos essenciais e apagar sua visibilidade. “O presidente afirma defender a liberdade de expressão, mas está claramente empenhado em censurar qualquer informação relacionada a americanos LGBTQ e às questões que enfrentamos”, disse.
Essas mudanças representam uma exclusão significativa para os cerca de três milhões de cidadãos americanos que se identificam como trans, criando um clima de desinformação e invisibilidade para uma comunidade que já enfrenta desafios imensos. A luta pela inclusão e pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ é mais crucial do que nunca, especialmente em um cenário político que busca silenciar vozes que clamam por igualdade e respeito.
Quer ficar por dentro de tudo que rola? Dá aquele follow no Insta do Acapa.com.br clicando aqui e cola com a gente nas notícias mais quentes