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Renato Russo: Há 15 anos umas das vozes mais anárquicas da música brasileira se calava

No dia 11 de outubro de 1996 o Brasil inteiro tomava conhecimento do falecimento de Renato Russo por complicações decorrentes do HIV. Naquele dia se calou uma das vozes mais rebeldes e que melhor representou o seu tempo, isso ao lado do também poeta Cazuza. Ambos contestaram o sistema vigente, cada um no seu estilo.

Renato Russo conquistou uma legião de fãs não apenas falando de amores. Sensível e poeta como era, o cantor foi gênio ao retratar a Geração Coca-Cola e desnudar toda a rebeldia vazia sem qualquer sentido ideológico de seu tempo. 

Se por um lado Renato sintetizava a geração de sua época com canções pesadas e frases anárquicas, o cantor também escrevia com ninguém para falar de sentimentos como dor, solidão, drogas e amores que partiam e deixavam lembrança. Aqui basta lembrar de "Vento no Litoral", "Ainda é Cedo" e "Angra dos Reis".

Com a morte do cantor, a banda Legião Urbana se desfez. Ao todo foram nove discos em estúdio com mais de dez milhões de cópias vendidas. A partida de Renato Russo deixou um vácuo semelhante às mortes de Elis Regina, Cazuza e Cássia Eller. A sensação que se tem ao voltarmos para a obra destes artistas é que tais buracos artísticos e contestatórios permanecem e irão permanecer vazios. O que se nota atualmente é uma forte apatia de boa parte dos músicos: contestação zero, conformismo total.

E para prestar uma singela homenagem a Renato Russo, separamos alguns vídeos com entrevistas do cantor e alguns clipes da banda.

Confira e mate saudades!

 

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