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Repórter experimenta serviço de testagem rápida de HIV; Confira relato

Fazer o teste de HIV não é uma missão das mais fáceis, ainda que tenhamos a plena consciência de que nossas relações sexuais foram todas protegidas e que, em teoria, não deveríamos nos preocupar. Mas nós sempre nos preocupamos!

Só de pensar na angustia de ficar dez, vinte dias esperando pelo resultado já desmotiva qualquer um de ir até um centro médico e fazer o exame. Para quem prefere a rede particular é ainda pior, é preciso ir até um médico de qualquer especialidade e pedir uma guia de exame.

Mas o Brasil é referência mundial neste assunto e o Teste Rápido está disponível em alguns centros urbanos para reduzir esta espera, conter os exames feitos e  que os resultados não são retirados e principalmente incentivar a testagem e diagnosticar, de fato, as mais de 225 mil pessoas que vivem com o vírus e não sabem, segundo estimativa do Ministério da Saúde.

Esse novo método de diagnóstico é realmente muito prático e é totalmente seguro e eficaz. Aproveitei o dia que havia uma tenda na Paulista, foi em junho, logo depois da Parada, e durante uma tarde fui lá. Foi bem simples, não doeu e meu tempo de angústia – mesmo sem motivos – foi de apenas quarenta minutos.

Logo que cheguei ao local de atendimento já me explicaram, de forma clara, sucinta e objetiva, o funcionamento do exame. Preenchi um formulário com meus dados e retirei um número, era 249. Este seria meu número para atendimento até o resultado.

Em menos de dez minutos fui chamado pela enfermeira que abriu todo o material na minha frente, abriu a agulha que faz o furo no dedo. É simples como um exame de diabetes. Colheu meu sangue com uma espécie de cotonete, colocou em dois pequenos aparelhos plásticos e explicou que eles indicariam, através da cor, o resultado da minha sorologia.

Fui almoçar e uma crise de ansiedade bateu. E bateu forte. Voltei ao posto cerca de 20 minutos depois e ao informar meu número de atendimento o resultado já estava pronto. Porém duas pessoas estavam na minha frente para pegar o resultado.

Atrás das lycras que decoravam e separavam os espaços, uma psicóloga atendia um rapaz, tinha uma moça na fila e segundo a ordem eu seria o próximo. Passaram cerca de dez minutos e o moço continuava lá. Perguntei se demoraria, porque se fosse o caso eu voltaria outro horário, ela me informou que seria rápido.

Mais uns dez minutos e a pessoa na minha frente foi chamada por outro psicólogo, que ali parecia ser o coordenador da operação e não estava exatamente para dar atendimento. Menos de cinco minutos e ela foi liberada. Na seqüência fui chamado.

Ele se apresentou, esclareceu novamente o método do exame e disse que a janela sorológica era de 60 dias. Logo aquele resultado representava meu estado dois meses anterior e então que eu deveria pensar se havia me submetido a comportamento de risco desde então.

Saí depois de mais ou menos vinte minutos entre a espera e o atendimento. Fui bem atendido, não ficou absolutamente nenhuma dúvida. Me senti seguro e confiante na veracidade do resultado, mas voltei para o escritório teorizando a demora no atendimento do outro rapaz, que continuou lá.

Encontrei apenas este erro na estratégia da testagem rápida. O atendimento psicológico é meio exposto. Não dá para ouvir o que estão falando, mas ficou claro pra mim que aquele rapaz teve algo diferente do meu resultado, afinal ele ficou, no mínimo, dez vezes mais tempo do que eu conversando com o agente de saúde. Espero que ele se cuide e tenha uma vida incrível, porque viver com HIV não é sentença de morte e saber do estado sorológico é fundamental para manter-se bem.

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