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“Repressão à Ficção Erótica na China: O Que Está por Trás da Prisão de Mais de 50 Escritores?”

"Repressão à Ficção Erótica na China: O Que Está por Trás da Prisão de Mais de 50 Escritores?"

"Repressão à Ficção Erótica na China: O Que Está por Trás da Prisão de Mais de 50 Escritores?"

Recentemente, mais de 50 escritores na China foram presos por criarem ficção erótica e gay, em uma ação que faz parte da crescente repressão do governo chinês contra conteúdo considerado pornográfico. A indústria de ficção online no país tem se expandido rapidamente, com um valor estimado de 40 bilhões de yuan, cerca de AUD$8,8 bilhões. No entanto, gêneros populares como “danmei”, que aborda relacionamentos românticos e sexuais entre homens, estão sendo alvos dessa repressão.

Os autores foram presos após publicarem suas obras em Haitang Literature, um site taiwanês voltado para ficção adulta, onde é possível lucrar por meio de dicas e assinaturas. Entre os casos mais destacados, um escritor conhecido como Yuan Shang Bai Yun Jian foi condenado a quatro anos e meio de prisão, enquanto outros, como Ci Xi e Yi Xie, receberam penas de cinco anos e um ano e cinco meses, respectivamente. Embora dez escritores que escreveram especificamente sobre “danmei” também tenham sido sentenciados, as acusações contra a maioria deles ainda não foram tornadas públicas.

Um caso que chamou atenção foi de uma mulher conhecida como Yuanjin, que havia desaparecido desde junho, mas sua família revelou que ela foi presa e que precisava de doações para pagar uma multa e diminuir sua pena. O governo chinês tem uma postura rigorosa em relação à produção de material pornográfico, considerando-o um “mal social”. Desde 1997, a criação de tal conteúdo é completamente proibida, e os infratores podem enfrentar punições severas, incluindo penas de prisão que podem chegar à vida, dependendo do montante que conseguiram arrecadar.

A repressão ao conteúdo erótico não é uma novidade; em 2018, uma mulher conhecida como Tianyi foi condenada a mais de dez anos de prisão por vender um romance que retratava explicitamente relações sexuais homossexuais. A censura da China também se estende a obras de entretenimento, onde referências LGBTQI+ são frequentemente eliminadas, como ocorreu com filmes de grande sucesso.

Essa situação evidencia os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQI+ na China, que continua a lutar por reconhecimento e expressão em um ambiente hostil. A repressão aos escritores de ficção erótica não só limita a liberdade de expressão, mas também silencia as vozes que tentam explorar a diversidade das experiências humanas em um país que se mostra cada vez mais intolerante a esse tipo de narrativa.

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