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“Repressão e Resistência: A Luta da Comunidade LGBTQ na Rússia Sob o Regime de Putin”

"Repressão e Resistência: A Luta da Comunidade LGBTQ na Rússia Sob o Regime de Putin"

"Repressão e Resistência: A Luta da Comunidade LGBTQ na Rússia Sob o Regime de Putin"

A comunidade LGBTQ na Rússia enfrenta uma intensa repressão sob o governo de Vladimir Putin, que tem se intensificado nos últimos anos. Mikhail, um jovem gay de Ufa, relata que sua vida, antes marcada por performances de drag e uma certa liberdade, mudou drasticamente. O aumento das restrições na indústria do entretenimento e as constantes ameaças de violência e perseguição levaram muitos a buscar asilo fora do país. Mikhail, após ser alvo de uma operação policial brutal, foi forçado a deixar sua terra natal para preservar sua liberdade.

Desde 2022, com as novas emendas à proibição da ‘propaganda gay’, a situação se agravou. As estatísticas indicam que mais de dois terços das violações dos direitos LGBTQ são agora perpetradas por autoridades. A proibição do movimento LGBTQ internacional como uma ‘organização extremista’ em 2023 exemplifica a crescente hostilidade. Historicamente, a Rússia foi um dos primeiros países a descriminalizar a homossexualidade, mas, sob o regime atual, os direitos da comunidade LGBTQ são vistos como uma ameaça às ‘valores tradicionais’.

As forças de segurança realizam batidas em estabelecimentos que atendem o público queer e utilizam táticas de intimidação, incluindo violência e tortura. As consequências são severas, com muitos indivíduos sendo processados por acusações de ‘extremismo’ ou ‘propaganda gay’. O ambiente de medo leva muitos a se esconderem e limita severamente a expressão da identidade LGBTQ.

Apesar da repressão, organizações como a Sphere, que luta pelos direitos LGBTQ, mantêm a esperança de um futuro melhor, acreditando que as mudanças políticas podem ocorrer. A advogada de direitos humanos Anastasia Burakova destaca a necessidade de abrigo para aqueles que fogem da perseguição, oferecendo apoio em países vizinhos. A luta pela aceitação e direitos iguais continua, mesmo em face da adversidade, com um desejo de que um dia a discriminação e a violência cessem. Muitos, como Mikhail, permanecem pessimistas sobre o futuro imediato, temendo que a repressão leve a um aumento nas taxas de suicídio entre os jovens LGBTQ que se sentem sem saída.

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