O receio do cinza, da cama arrumada… da calma, do telefone que não toca. Do final da música, do fim da noite, do teto em branco… dos pensamentos transitórios.
Gosto de sentir que nada é igual, gosto da surpresa, do interessante aos olhos, do frio que na espinha que sinto quando penso em você, das borboletas no estômago, da vontade de abraçar… de estar… de fugir. Gosto da falta do pudor e da falta do medo!
[Suspiro.]
Você foge do óbvio…
[Respiro.]
Impossível prever o segundo seguinte.
[Suspiro.]
Quero o beijo.
Quero fazer do teto em branco uma tela que surgem imensas veredas que se transformam no olhar mais doce que experimentei.
[Resmunga…]
Gosto dela, gosto da tela que ela pinta! Gosto dos raios que saem dela e me aquecem…
Não existe imposição, só o sentimento. E todas as conseqüências que vêm dele.
Será que ela vem?
[Inspiro-me…]
O verbo é silencioso, a dor é silenciosa, mas o desejo é gritante.
Inspiro-me.
Respiro.
Suspiro.
Resmunga!