No último dia 12 de abril de 2025, Lady Gaga fez um retorno eletrizante ao Coachella, apresentando um show que abrangeu sua carreira em uma performance de duas horas que muitos consideram uma das melhores já vistas no festival. Desde sua primeira participação em 2017, quando substituiu Beyoncé, Gaga sentia que tinha negócios inacabados com o evento e, em uma postagem no Instagram, expressou seu desejo de ‘fazer isso direito’.
Neste novo espetáculo, intitulado ‘Gagachella’ pelos fãs, a artista trouxe um conceito visual que impressionou desde o início, com um figurino que lembrava uma rainha em um reino de fantasia, cercada por dançarinos em uma cativante prisão de aves. Com 22 músicas de seu catálogo de pop dançante, a performance se destacou como uma verdadeira declaração de uma mestra do pop, combinando produção de ponta com uma entrega que elevou seu nível acima dos concorrentes.
Aos 38 anos, Gaga se consolidou como uma verdadeira monarca da música pop, e seu show foi um testemunho de anos de experiência e dedicação. A abertura com ‘Bloody Mary’ fez com que o público sentisse que estava adentrando em sua casa, uma impressionante estrutura que evocava uma ópera clássica. Em seu novo álbum, ‘Mayhem’, Gaga retorna às suas raízes com batidas pesadas e sintetizadores sujos, apresentando uma narrativa repleta de reinos e bruxas que transita por temas de luz e escuridão.
Embora a apresentação não tenha explorado todo o seu repertório – deixando de fora faixas de ‘Artpop’, ‘Joanne’ e ‘Chromatica’, além de ter apenas ‘Shallow’ como representante do álbum ‘A Star Is Born’ – o show foi uma experiência abrangente. As composições mais antigas, como ‘The Fame’ e ‘Born This Way’, foram entrelaçadas de forma magistral com as novas, criando uma continuidade que encantou os fãs.
Gaga, sempre visionária, apresentou uma batalha interna entre suas diferentes personas, refletida em mudanças de figurino que capturaram a atenção do público. Sua voz, mais refinada e luminosa do que nunca, percorreu uma gama impressionante, e cada canção parecia ter um peso emocional significativo, como se cada performance carregasse a intensidade de uma luta pela vida. A interação com o público foi calorosa e sincera, com Gaga enfatizando a importância da conexão e da unidade.
O clímax da apresentação veio com a icônica ‘Bad Romance’, que foi transformada em uma celebração do renascimento, com uma encenação que misturava elementos de terror e alegria. Lady Gaga não apenas fez uma performance; ela proporcionou uma experiência teatral inesquecível, conduzindo duas cortinas finais com todo o elenco e a equipe, um gesto incomum para um festival de música, mas que se adequou perfeitamente a uma noite épica de pop no deserto.
Esse show não só reafirma o status de Gaga como ícone da cultura pop, mas também se destaca como um evento que celebra a diversidade e a inclusão, ressoando profundamente com a comunidade LGBT, que sempre encontrou na arte dela um espaço de expressão e aceitação.
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