A polícia de Columbus, Ohio, está sob investigação após a divulgação de um vídeo de uma câmera corporal que mostra um oficial atirando e matando um homem negro desarmado, que estava em sua garagem.
O vídeo, que foi divulgado no final de janeiro de 2024, mostra o policial Adam Coy atirando em Andre Hill, de 47 anos, poucos segundos depois de encontrá-lo em sua garagem na madrugada do dia 22 de dezembro de 2023. Coy, um veterano de 19 anos do departamento, foi demitido em dezembro.
A filmagem da câmera corporal mostra Coy e outro oficial se aproximando de uma garagem aberta com Hill dentro. Hill caminha em direção aos oficiais com um celular na mão esquerda, sua outra mão não está visível. Coy então dispara sua arma, atingindo Hill, que cai no chão da garagem. Coy e o outro oficial se aproximam de Hill, que está agonizando no chão, mas não prestam assistência imediata.
O vídeo também mostra Coy falando com outros oficiais depois do tiroteio, mas não mostra ele prestando ajuda a Hill. A filmagem não tem áudio nos primeiros 60 segundos, o que é uma característica das câmeras corporais, que “bufferizam” o vídeo sem áudio até que sejam oficialmente ativadas.
Segundo relatórios, Coy não ativou sua câmera corporal até depois do tiroteio. A câmera de Coy só capturou o áudio depois do tiroteio devido a uma função de “recuperação” de 60 segundos que salva o vídeo, mas não o áudio.
A morte de Hill provocou protestos na cidade e pedidos de reforma da polícia. A família de Hill contratou o advogado de direitos civis Ben Crump, que representou a família de George Floyd.
A investigação sobre o tiroteio está sendo conduzida pelo Departamento de Investigação Criminal de Ohio. O FBI também está conduzindo uma revisão dos direitos civis relacionada à morte de Hill.
O prefeito de Columbus, Andrew Ginther, disse que Coy violou a política do departamento ao não ativar sua câmera corporal e ao não prestar ajuda a Hill.
A morte de Hill é mais um caso que levanta questões sobre o uso excessivo de força pela polícia contra pessoas negras nos Estados Unidos. A questão tem sido um ponto de inflamação em todo o país, levando a protestos em massa e pedidos de reforma da polícia.