Atualmente, é impossível andar pelas ruas de Chelsea ou East Village e não cruzar com um exemplar da revista HX – a não ser que a revista tenha se esgotado. Publicada e distribuída gratuitamente, a HX entrou para a história da cidade e cresceu junto com a vida gay na região sul da ilha. Há quinze anos atrás, quando a Homo Xtra, (nome da revista, por isso HX) foi lançada, poucos bares e clubes se intitulavam gays na região. Mas ao poucos, foram surgindo, além de bares e clubes, lojas, cafés, padarias… Um verdadeiro comércio voltado para o público gay. A noite também crescia. Eram os anos 80 e a noite ganhava ares fashions e de montação. Surgia a turma de Michael Alig e os “Party Monster”. Ao mesmo tempo, uma cultural única surgia no bairro de Chelsea: os “Chelsea Boys”, meninos com corpos bonitos, que se cuidam, se assumiam na rua, no trabalho e viviam em rodinhas de amigos pelo bairro, intensificando cada vez mais a vida gay local. E a HX estava ali para cobrir tudo. Alguns críticos afirmam que a cultura dos “Chelsea Boys” só surgiu por causa da revista. Um fenômeno criado pelo editores e não um fenômeno natural da sociedade gay de Nova York. Ao responder os críticos, o diretor e fundador da revista Matthew Bank, é enfático: “Desde o começo, percebemos que nossa capa tivesse um carinha tipo “Chelsea Boy” ou um garoto musculoso de camisa de fora, elas sairam bem mais rápido do que todos os outros. Por isso, eu não acredito que nós tenhamos criado essa cultura.” Na capa da revista já figuraram personagens importantes da noite nova-iorquina como Amada Lepore, Michael Alig, entre outros. Também já estiveram estampados em sua capa, anônimos do bairro, astros pornôs e celebridades. Publicada semanalmente, e voltada principalmente para o público masculino, a HX traz o melhor guia de noite da cidade, uma ótima cobertura do que ocorreu na semana e ainda matéria bacanas de moda, turismo, música e identidade gay. De fato, a HX é uma revista que serve de modelo. Parabéns a eles.
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