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“Revolta da Lâmpada” relembra ataques LGBTfóbicos e traz desfile pela liberdade

Relembrando o ataque homofóbico com lâmpadas fluorescentes na Avenida Paulista em 2010, o evento "Revolta das Lâmpadas" reuniu na tarde de domingo (16) cerca de 600 pessoas para discutir diversos temas tabus.

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Faixas, cartazes, música, lâmpadas de bexiga, fantasias, camisetas e muita desconstrução de gênero – homens com batons, perucas e barba – compuseram o clima do ato, que trouxe outras bandeiras, além da LGBT, para a manifestação.

Entre os assuntos abordados estão: racismo, feminismo, direito ao aborto e legalização da maconha.

O ato também homenageou a travesti Janaína Dutra (1961-2004), advogada e militante que contribuiu muito com a causa LGBT. Os manifestantes fizeram um desfile em cima das capas da revista Veja, que foi duramente criticada, e gritavam: "Somos todos Janaína Dutra".

A artista e ativista Wallace Ruy esteve vestida de freira e fez uma performance artística. "É para falar e questionar a liberdade e o controle sobre os corpos". Com sapato de salto alto pink, o ativista Beto de Jesus – que pediu para creditá-lo como Janaina Dutra nesta reportagem – afirmou que o evento trouxe a integração de membros da militância da nova e da velha guarda.

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Um carro de som – que serviu para ampliar as palavras de ordem (bem como, "Eu beijo homem, beijo mulher, tenho direito de beijar quem eu quiser"), divulgar os nomes dos assassinatos de LGBTs e também para soltar músicas como Finally (clássico de Priscilla, a Rainha do Deserto), acompanhou os manifestantes durante todo percurso, que finalizou na Dom Gaspar.

Com o microfone na mão, a cantora Renata Peron, que também é militante transexual, contemplou e mencionou todas as siglas LGBTs em diversos momentos. Ela falou inclusive sobre a empregabilidade de travestis e transexuais e pediu para que pessoas contratassem a população TT.

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Em frente ao Shopping Center 3, Raphael Martins, que foi agredido no metrô por 15 rapazes no último fim de semana, discursou contra os preconceitos e salientou os casos que sequer ganham a mídia. "Os números de assassinatos são maiores que os divulgados, pois os números que temos são apenas os que saíram na mídia", disse. 

A "Mãe pela Igualdade" Majú Giorgi opina que a manifestação, além de tocar em temas tabus e necessários, evocou a felicidade. "É essa a palavra: felicidade". "A Revolta da Lâmpada" foi pacífica e não teve incidentes e acidentes durante o ato. 

Confira imagens: 

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