Rhiannon Giddens, uma talentosa banjo player e artista folk, ficou em destaque recentemente por sua participação na canção “Cowboy Carter” de Beyoncé. No entanto, Giddens expressou sentimentos conflituosos sobre essa colaboração, ressaltando a complexidade de ser uma artista que valoriza tradições culturais. Com dois prêmios Grammy e um prestigioso prêmio MacArthur “Genius” em seu currículo, ela tem dedicado sua carreira à preservação da música folk afro-americana. Em uma entrevista à Rolling Stone, Giddens comentou sobre a influência de Joe Thompson em seu estilo de tocar banjo, destacando a conexão com suas raízes culturais: “Quando eu penso em tocar banjo, penso na linhagem que recebi através de Joe Thompson e todos que o ensinaram, essa conexão com uma parte muito profunda da minha cultura.”
Giddens também refletiu sobre as dificuldades que enfrentou ao longo de sua carreira, especialmente como uma artista negra e mestiça. Apesar de suas lutas, sua participação em “Cowboy Carter” trouxe uma nova aceitação dentro da comunidade negra mainstream, um momento que a emocionou profundamente. “Porque de todas as coisas que venho lutando a vida toda, tem sido difícil ser vista como uma musicista negra, especialmente por ser mista. Mas, pela primeira vez, eu senti aceitação da comunidade negra mainstream, o que me fez chorar”, revelou Giddens.
Embora sua experiência não tenha sido completamente positiva, ela se orgulha do impacto que tem causado, inspirando mais pessoas a aprender e tocar banjo. Além de seu trabalho com Beyoncé, Giddens co-escreveu a ópera “Omar”, que ganhou o Prêmio Pulitzer, e lançou cinco álbuns solo. Sua trajetória inclui também a posição de Artista Residente no Southern Futures da UNC-Chapel Hill, onde destacou contribuições de músicos negros e indígenas. Apesar do marco que representar para sua carreira, Giddens confirmou que não se juntará a Beyoncé em turnê, reiterando a importância de suas raízes e a preservação de tradições musicais sub-representadas.
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