Rhiannon Giddens, a talent multifacetada e conhecida por suas contribuições significativas à música folk, compartilhou suas reflexões sobre sua participação no álbum “Cowboy Carter” de Beyoncé. Em uma entrevista recente, Giddens expressou sentimentos mistos em relação à sua colaboração no projeto que se tornou um marco na indústria musical. Embora sua participação na faixa de sucesso “Texas Hold ‘Em” tenha proporcionado a ela uma sensação de aceitação na comunidade negra mainstream, ela também sentiu que sua contribuição foi tratada como uma transação comum, o que a deixou desconfortável.
“Existem muitos de nós lutando para manter nossa humanidade nesta indústria”, comentou Giddens, que destacou a importância da colaboração em sua carreira de duas décadas. Ela enfatizou que, embora tenha havido benefícios, como o aumento no interesse pela aula de banjo, a experiência a fez questionar a verdadeira missão por trás de sua arte.
Giddens também mencionou exemplos de outros artistas, como Kendrick Lamar, que utiliza sua plataforma de forma ativista e significativa. “Ele é único, e a maioria das pessoas não age da mesma maneira”, afirmou, reconhecendo a dificuldade de encontrar um equilíbrio entre o sucesso comercial e a autenticidade artística.
O álbum “Cowboy Carter”, lançado em março de 2024, gerou muito debate sobre a interseção de gêneros musicais e a recepção de artistas negros na música country. Apesar de ter sido ignorado pelos prêmios da Country Music Awards, o álbum conquistou o prêmio de melhor álbum country e álbum do ano no Grammy de 2025, destacando a luta contínua pela inclusão e reconhecimento na indústria.
A história de Giddens ressoa fortemente com a comunidade LGBT, que frequentemente enfrenta desafios semelhantes em busca de aceitação e reconhecimento em um mundo que muitas vezes marginaliza suas vozes. Sua jornada exemplifica a luta por espaço e respeito na música, um reflexo das lutas mais amplas por igualdade e inclusão em todas as áreas da sociedade.
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