E o caso Richarlyson ganha a cada dia projeções maiores. Após Ministros e Ongs do movimento GLBT criticarem a sentença homofóbica do juiz Manoel Maximiniano Junqueira Filho e de Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, declarar que as notícias sobre o jogador não afetarão seu desempenho em campo, ontem, mais Ongs gays entraram na história e abriram representação contra o magistrado. Até na Câmara dos deputados o caso está repercutindo. A deputada Cida Diogo, Presidente da Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT, também entrará com representação contra Maximiano.
O principal envolvido na trama, o próprio Richarlyson, comentou o caso nesta última terça-feira. Foi a primeira vez que o jogador falou a respeito do assunto após a decisão do juiz. “Agora ele [Junqueira Filho] criou um problema para ele, porque ele é uma pessoa que está lá para julgar dentro da lei um caso de preconceito. Agora ele vai ter de lidar com a Justiça também” declarou o são-paulino ao jornal "Folha de S. Paulo".
O volante do São Paulo decidiu ir a justiça após fazer um trabalho para o curso de educação física que faz em uma faculdade privada. “Eu me preparei muito para isso, pois fiz um trabalho sobre o etnocentrismo para a matéria ‘O Homem e a Sociedade’ e fiquei sabendo de muitas coisas sobre o preconceito que acontecem no Brasil. Foi aí que aprendi a não aceitar isso. Se uma pessoa vive de um jeito e é feliz assim, deixa ela. Temos de parar com isso, cada um tem de cuidar da sua própria vida. O preconceito denigre o Brasil”, declarou.
Em declaração a "Folha de S. Paulo", a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que o Juiz não se pronunciará sobre o caso.