Moreno, 18 anos, bonito e sem medo de ser gay. Esse é o Rubens, o príncipe do último beija sapo gay do ano, que foi exibido nessa sexta-feira, 15/12, pela MTV. No programa comandado com Daniela Cicarelli, Rubens teve que escolher entre três sapos para um deles ser seu príncipe. O escolhido foi o Leandro, mas infelizmente, o rolinho que começou na TV não teve prosseguimento na vida real. Veja a seguir entrevista exclusiva que o Rubens cedeu para o site A Capa. Como foi a gravação do programa? A gravação foi super bacana, super tranqüila. Fiquei bem à vontade. Tanto o pessoal da MTV, quanto a Daniela [apresentadora do programa] e a Rosa, produtora, foram super simpáticos. Ah, sim, o diretor do programa também foi atencioso. Ficou nervoso na hora do beijo? Não. Na hora do beijo não. Só no começo do programa eu fiquei nervoso. Minha boca tremia, minha perna tremia, tudo tremia. Gostou do Leandro, o sapo escolhido? Depois da gravação você saiu com o sapo? Tem se visto? Olha, o Leandro é uma pessoa muito bacana. Depois do programa nós saímos uma vez, mas vimos que não ia dar. Hoje, somos só amigos. E a repercussão do programa? Está vivendo os seus quinze minutos de fama? Não. Eu to super sossegado. Ninguém me parou na rua ainda (risos). Só a ultima vez que eu fui numa balada, como era GLS, o pessoal, digamos que me apontou “Olha lá o príncipe do beija-sapo” E o processo de seleção, como foi? Você sabe quantos disputaram essa “vaga” com você? A MTV faz um apanhado geral, entrevista os futuros sapos e príncipes. E aí fazem as pré-seleções para ver quem se encaixa melhor na proposta do programa. Como a produção te escolheu? Sinceramente não sei. O que eles perguntaram nas entrevistas e para tentar achar um sapo no seu perfil? Perguntaram bastante sobre minha rotina, o que eu faço de dia, para onde eu saio, sobre como é o cotidiano. Coisas básicas e bem objetivas, como o que eu gosto de cinema, música. Perguntaram que tipo de cara você curte? Aliás, que tipo de cara você curte? Perguntaram sim, perguntaram o que me atrai, qual tipo de beleza que eu gosto, física, intelectual. Perguntaram o que eu procuro numa pessoa. Sinceramente, eu não ligo muito para físico, o que eu acho bonito num cara são os olhos, o nariz e boca. Se o cara tiver olhos bonitos, um nariz bonito e os dentes bonitos pra mim está muito bom. Quanto à personalidade, procuro pessoas objetivas, que tenham atitude e sabem o que querem. E claro um cara atencioso e carinhoso é bem legal. Foi você que pediu para sua mãe participar do programa, ela aceitou prontamente? Não, eu apenas a avisei que ela iria ao programa, mas pra mim e para ela foi uma surpresa, nós não sabíamos que ela ia participar. Quando a Daniela a chamou eu fiquei bastante surpreso. Você acha que programas como esse ajudam a diminuir o preconceito contra gays? Olha, o programa ajuda, sim, mas não a diminuir o preconceito, que já está embutido na sociedade, mas pelo menos a abrir a cabeça das pessoas em relação ao gay, ao que é diferente. A sociedade não está muito pronta para acabar com o preconceito aos gays. Os negros, por exemplo, são mais respeitados agora, isso porque faz quase dois séculos desde que ocorreu a abolição. Imagina nós gays que tivemos uma abertura agora a partir da década de 50/60. Diminuir o preconceito vai levar um bom tempo ainda, coisa de décadas, mas o programa ajuda sim a abrir a cabeça das pessoas. FOTO: Rubens, durante gravação do programa
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