Dando continuidade à sua política anti-propaganda LGBT, a Rússia baniu um calendário com homens pelados produzido pelos remadores da Universidade de Warmick, na Inglaterra que anualmente posam pelados para o calendário, cuja renda é revertida para ONGs em defesa das LGBTs. Embora não seja considerado crime, a homossexualidade é fortemente combatida na Rússia, principalmente desde 2013, quando o governo de Vladimir Putin criou uma lei que proíbe a “promoção da homossexualidade”, seja na TV ou peças publicitárias. Em entrevista ao site Pink News, o fundador da Warwick Rowers, que também é militante da causa, Angus Malcolm, disse que seu “coração está com os fãs russos dos Rowers, que estão cada vez mais sujeitos a atos de ódio e discriminação que não devem ser tolerados em qualquer sociedade ao redor do mundo”. “O fato de a alfândega russa rejeitar o nosso calendário não é nada em comparação com o sofrimento que algumas pessoas LGBT enfrentam todos os dias, mas mostra como o problema é mais amplo. Se eles não conseguem lidar com alguns homens nus, então, francamente, isso é muito triste. Putin está promovendo o tipo de masculinidade tóxica que a Sport Allies (instituição russa a qual o dinheiro dos calendários seria doado) e os Warwick Rowers querem desafiar”, completou Malcolm. PERSEGUIÇÃO Desde abril, a Rússia tem sido acusada de promover perseguição às lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros em seu vasto território. De acordo com informações da publicação russa Novaya Gazeta, o presidente da Chechênia, território pertencente à Federação russa e submetida às ordens do Kremlin, estaria caçando, torturando e assassinando homens suspeitos de serem homossexuais. Em sua defesa, o líder checheno negou as acusações, afirmando que “não existem homossexuais” na Chechênia.
