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Russos desafiam autoridades de extrema-direita organizando parada gay

Homossexuais russos anunciaram na última quinta-feira, 24/01, que farão passeata pelas ruas de Moscou no dia 31 de maio, apesar da oposição do prefeito da capital russa, Yuri Luzhkov, inimigo declarado da comunidade.

Nikolai Alexeyev, um dos principais ativistas gays do país, presidiu na data a instituição do comitê que vai organizar a manifestação pela defesa dos direitos das minorias sexuais russas, segundo nota da agência de notícias EFE.

Antes da parada gay russa, deve acontecer na cidade uma conferência internacional sobre a situação de gays e lésbicas na Rússia de acordo com Alexeyev. O ativista afirmou que a autorização para a passeata só será solicitada pelo organização do evento a duas semanas do ato, como exige a lei.

A marcha acontecerá quatro dias depois do 15º aniversário da derrubada do artigo 121 do Código Penal, que tipificava as práticas homossexuais como crime e punia seus adeptos com a prisão. A primeira manifestação gay da história da Rússia, em maio de 2006, e que tinha sido vetada pela Prefeitura de Moscou, acabou numa batalha campal na qual os gays foram agredidos por nacionalistas e fundamentalistas ortodoxos.

Em maio do ano passado, os homossexuais tentaram realizar uma segunda parada, mas as autoridades de Moscou não a autorizaram. Alexeyev lembrou que o recurso judicial apresentado pela comunidade gay contra a recusa da Prefeitura de Moscou em permitir a passeata está nas mãos do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, cuja sede fica em Estrasburgo.

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