Quem será o próximo presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB)? A votação, que ocorre neste domino (26), está provando o maior debate nas conversas, nas rodas de amigos e, sobretudo, nas redes sociais.
Pela primeira vez, em uma eleição, os direitos LGBTs tornaram-se pauta de destaque e obrigaram todos os candidatos a se posicionar – para o bem ou para o mal.
Não poderia ser diferente. Com mais de 250 crimes LGBTfóbicos todo ano e inúmeros direitos negados à população formada por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, já era hora de esta pasta “sair do armário”.
O A CAPA listou 5 motivos para pessoas LGBT votarem em Dilma. E outros 5 motivos para elas não votarem. Leia, avalie e, dentre outros critérios, faça a sua escolha.
– Escola com Homofobia
Barrou o kit Escola Sem Homofobia – que visava combater o preconceito nas escolas – e argumentou: “Não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais (sic)”.
– Esquecida ou oportunista?
Dilma não se pronunciava sobre temas referentes à comunidade LGBT. Mas foi só Marina Silva recuar nas propostas pró-LGBT no primeiro turno, que a candidata pronunciou pela primeira vez ser a favor da criminalização da homofobia. Depois, quando Aécio reafirmou propostas LGBT no 2º turno, Dilma soltou pela primeira vez 13 propostas (veja aqui). Isso em quatro anos.
– Promessa verbal
Ao contrário de Marina, Luciana Genro, Aécio e Eduardo Jorge, a candidata não incluiu em seu programa de governo propostas para a comunidade LGBT. Disse que compromissos, como a criminalização da homofobia, seriam “verbais”.
– Criminalização engavetada
Dilma não se pronunciou quando a PLC/122 foi enterrada em seu mandato. O projeto de lei visava a criminalização da homofobia e transfobia. Também não se pronuciou sobre o projeto de "cura gay" e nem sobre Marco Feliciano.
– Amigos opositores
Dentre os seus apoiadores estão Marcelo Crivella, Anthony Garotinho e o Edir Macedo, conhecidos por ser opositores da causa LGBT.
Dentre os seus apoiadores estão Marcelo Crivella, Anthony Garotinho e o Edir Macedo, conhecidos por ser opositores da causa LGBT.
– Turma colorida
Muitos militantes pró-LGBT estão apoiando o segundo mandato de Dilma, bem como Jean Wyllys, Beto de Jesus, Keila Simpson e Laerte Coutinho.
– Programas pró-LGBT
Em seu mandato, foram criados vários programas que visam a cidadania. Entre eles, o Conselho Nacional LGBT, Sistema Nacional LGBT e o Disque 100 contra a homofobia.
– Recebe militantes
Ao contrário de Aécio, Dilma já recebeu militantes LGBT no planalto. O ato simbólico e de aproximação da militância relembra a importância da bandeira na política do país.
– Criminalização, agora vai
Durante a abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), Dilma se posicionou a favor da criminalização da homofobia. “O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as mulheres e os negros, temos também contra a homofobia”.
– As mudanças
Dentre as conquistas que ocorreu no governo do PT está a utilização de nome social no ENEM e SUS, que também passou a registrar casos de homofobia.