Trabalhamos no Carnaval para folgar na quinta e sexta posteriores. Em feriados qualquer destino turístico do país costuma ser bem cheio. Por isso a troca foi justa e bem boa. Enquanto muitos pulavam, íamos pra baladas com bloquinho na mão. Editávamos o site e escrevíamos os textos, tudo no dia seguinte.
Trindade é uma vila anexa a Paraty, a meia hora de ônibus da cidade. Possui uma rua principal e umas cinco adjacentes: ou seja, é minúscula. Quase toda sua economia local é baseada em serviços pra turistas, boa parte deles oriundos de cidades próximas do interior do Rio de Janeiro e muitos estrangeiros.
Não é demais afirmar: Trindade é como o paraíso na Terra. O local já foi descoberto pelo povo hippie e amantes da natureza em geral. Três praias formam a paisagem do local: a praia do rancho, praia do meio e caxadaço. Estas últimas fazem parte da Serra da Bocaina, lugar de preservação ambiental tombado pelo Ibama e pelo Ministério do Meio Ambiente.
Atração entre os nativos e os turistas é a trilha que dá no escorregador – uma grande pedra com lodo, onde as pessoas escorregam – e na pedra que engole, se desce por entre duas pedras. O meio delas é oco e há uma lagoinha embaixo delas. Aí é só nadar um pouquinho e sair do outro lado da pedra. Existe também a piscina do Caxadaço, que não deu tempo de conhecer.
Na Pizzaria da Preta se come a melhor pizza da vila. No Badalô, o bar moderninho de ares indie, onde é possível ouvir até Arctic Monkeys, a pedida é a porção de camarão e a caipiroska de morango. Ah, quase ia esquecendo: o nome de todos os estabelecimentos – filhos da terra, arco-íris, recanto da lua, etc – fazem referência a uma coisa abstraída, chapação de ácido.
