Os suspeitos pela morte do jovem gay Alexandre Ivo, de 14 anos, que foi morto e torturado há duas semanas em São Gonçalo, estão previamente presos. Agora, a polícia investiga se Allan Siqueira de Freitas, 22, André Luiz Maçole, 23, e Eric DeBruim, 22, envolvidos no crime, têm relação com grupos de skinheads.
A polícia afirma que gangues de skinheads são responsáveis por uma série de ataques a homossexuais da zona sul do Rio, em Nova Iguaçu, São Gonçalo e Niterói. No entanto, não sabe quantos gays já foram vítimas desses agressores, que se organizam através da web.
De acordo com a reportagem da "Folha de São Paulo", diariamente cartazes em defesa do "orgulho hétero" e cartilhas contra o PLC 122, projeto que criminaliza a homofobia, são espalhados pela periferia do Rio por grupos de skinheads.
Para a mãe de Ivo, Angélica Vidal Ivo, 40, o jovem "sofreu a agressão por conviver com homossexuais". Por email, um representante carioca do grupo Carecas do Brasil disse à reportagem da "Folha" não sentir ódio de homossexuais, mas "tanta intolerância quanto a de qualquer católico ou evangélico".
O grupo negou ter envolvimento com a morte de Ivo e afirmou ser "contra o homossexualismo (sic), e não contra homossexuais."
O Caso
Alexandre Ivo, 14, estava em uma festa com amigos quando começou uma discussão com outro grupo. Após a confusão, os amigos foram à delegacia, registraram queixa e voltaram para a festa. Alexandre foi embora sozinho por volta de 1h30 e não foi mais visto.
Seu corpo foi achado no dia seguinte em um terreno baldio, com lesões no crânio causadas possivelmente por pedradas e agressões com barras de ferro. Os suspeitos negam o crime.