Foi definido pelo Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids o primeiro protocolo para atendimento de travestis do país. Procedimentos como doses adequadas na hormonioterapia, acompanhamento fonoaudiológico e avaliação urológica fazem parte do documento.
Além de definir as dosagens de hormônios, que representa 45% dos casos de procura ao ambulatório, o protocolo determina a avaliação em consultas periódicas do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
Já o tratamento fonoaudiológico trabalha a modulação da voz em seu timbre e sons naturais, utilizando equipamentos específicos e avaliação com otorrinolaringologista. Ainda de acordo com o protocolo, a parte estética fica encarregada de realizar procedimentos para melhor adequação da identidade de gênero, como colocação de próteses e reparos de danos provocados pela colocação de silicone industrial.
"Com o protocolo, damos mais um passo fundamental para garantir o atendimento humanizado e com as melhores práticas assistências possíveis para esse grupo social", afirmou Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP
O Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids fica na rua Santa Cruz, nº 81, na Vila Mariana, em São Paulo.