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São Paulo ganha noite só para meninas

Estreou no último fim de semana, em São Paulo, a balada para meninas The L Club, produzida pela mesma equipe da festa La Perdición. Devido ao sucesso e falta de espaço das 5 edições anteriores, a festa mudou de lugar, cedendo espaço ao The L Club, que promete rolar toda sexta-feira.

O Dykerama esteve na primeira edição do L Club e logo de cara já se surpreendeu com uma fila quilométrica formada SÓ POR MULHERES. Pudera, as meninas cobram R$ 300 antecipados para qualquer homem que queira participar da festa.

Lá dentro, telões mostravam cenas de filmes lésbicos como Lost and Delirious e Loving Anabelle e uma loira estonteante derramava bebida nas bocas de bolachas sedentas. Uau!

A casa conta com dois ambientes com temperatura agradável. O primeiro tinha o clima “banquinho e violão”. Lá, Suelen Luz encantava a mulherada com a sua nova MPB. A pista bombou a noite inteira, o som eletrônico combinava com as luzes que deixaram a pista colorida e vibrante, um bafo!

Confira a entrevista com a Equipe La Perdición e conheça mais esse projeto!

Dykerama – Como se formou a equipe La Perdición? Conte-nos a história de como tudo começou.
The L Club –
A Equipe La Perdición veio de uma parceria: Agata e Juliana eram do Projeto Absolutas, destinado ao público feminino, e Caioni, desde 2004, possui o site BaladaLS que cobre baladas também destinadas ao mesmo público. Com a visão de que hoje faltam baladas para mulheres, unimos forças para oferecer às meninas algo que nenhuma casa teve a ousadia de oferecer: um ambiente “só para elas”!

Dykerama – Três meninas organizam a festa. Como é a relação de vocês? Como vocês dividem o trabalho?
The L Club – Nossa relação é muito tranquila, pois antes do trabalho, veio a amizade que fortalece muito a parte profissional. Dividimos o trabalho em “departamentos”, onde cada uma cuida do que tem mais facilidade, sempre com tudo bem organizado para não sobrecarregar nenhuma das partes.

Dykerama – Como vocês veem as noites para meninas em São Paulo?
The L Club – Hoje em dia a noite para as meninas está sem opções… Sempre vemos as casas lançando “festas para mulheres”, mas acaba acontecendo sempre o mesmo problema: a invasão de homens que não estão interessados em curtir a balada e sim em caçar meninas lésbicas, o que acaba as deixando pouco a vontade. Com certeza, nós 3 também já passamos por esse tipo de problema em baladas GLS, foi de onde veio a ideia!

Dykerama – Vocês estrearam no último fim de semana uma balada semanal. Conte como foi e o que a gente pode esperar nas próximas edições.
The L Club – Sim. Inauguramos a balada com o mesmo conceito que já tínhamos na festa mensal. Foi um sucesso! Tivemos recorde de público (600 mulheres) e conseguimos agradar a mulherada. Temos uma preocupação muito grande com nosso público e como não queremos cair na rotina, podem esperar sempre novidades em nossa programação!

Dykerama – O que difere a festa mensal La Perdición e a semanal The L Club das outras festas do gênero?
The L Club –
Nosso diferencial é justamente o fato de que as duas festas são “realmente” para mulheres. Não estamos preocupadas apenas em lucros. As baladas que tentam fazer festa para mulheres não se preocupam que tenha muitos homens, pois querem a casa cheia e o lucro alto. Nossa preocupação maior é que nosso público tenha uma opção onde elas fiquem à vontade e que sempre voltem. É o que faltava em SP: uma casa interessada na qualidade!

Dykerama – Qual o perfil das meninas que frequentam as festas de vocês?
The L Club –
Temos um perfil bem variado! Mulheres com uma média de 23 a 35 anos, com gostos de todos os tipos. Como temos 2 ambientes na casa, acabamos agradando a maioria delas. As mais tranquilas, que preferem um ambiente com som ao vivo, podem se divertir no lounge, que conta com mesas, telão que exibe cenas de filmes e séries lés, e sempre com uma cantora agitando a galera com MPB e pop. E para as que querem uma curtição, temos a pista comandada pela residente DJ Sandra Bull, que também recebe DJs convidados para agitar ainda mais a noite!

Dykerama – E o som? O que toca nas festas do La Perdición?
The L Club – Procuramos sempre ter cantoras e DJs renomadas na noite lés. No nosso lounge com música ao vivo, toca o que a galera pede: MPB, pop, blues, pop rock etc.. E na pista rola house music, tribal house.

Dykerama – Cobrar R$ 300 antecipados para homens é uma decisão polêmica. Como surgiu essa ideia? Vocês receberam críticas?
The L Club – No início, quando cobrávamos R$ 70 dos homens, muitos iam à nossa festa para caçar meninas de forma desrespeitosa. “Espantaram” muitas de nossas clientes que acharam que nossa propaganda era enganosa quando dizíamos que era uma festa “para mulheres”. Críticas, nós recebemos sim, mas apenas dos homens. As mulheres que conhecem nossa festa, nos apóiam. Preferimos receber esse tipo de critica a fazer mais uma balada como qualquer outra sem conceito!

Dykerama – O Carnaval é próxima semana. As dykes paulistanas podem contar com a equipe La Perdición para cair na folia?
The L Club – Com certeza! A equipe La Perdición está sempre preocupada em oferecer o melhor na noite, e no Carnaval não poderia faltar… Teremos dose dupla nesse feriado, o Carna Eletro na The L Club abre na sexta e na segunda, com programação diferenciada, muitas surpresas para a mulherada que decidiu ficar em Sampa e também para as que vêm de fora… Esperamos as mulheres que procuram uma balada diferente para curtir esse feriadão prolongado!

Serviço:
The L Club
Rua Cardeal Arcoverde, 563 – Pinheiros – Contato: 9456.6873 | 8202.7981 | 8357.4060 – Mais informações: www.baladals.com/thel.

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