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Sargento gay Laci de Araújo receberá aposentadoria do Exército

O sargento gay Laci Marinho de Araújo (a dir.), 39, que ficou conhecido depois de assumir seu relacionamento de 13 anos com o militar Fernando Alcântara de Figueiredo, teve sua aposentadoria concedida pelo Exército. Quando foi acusado de deserção, e até preso por isso, Laci recorreu alegando problemas de saúde que o impediam de continuar sua função.

"A perícia derruba a tese da deserção. Para não ficar estampado que o Exército não amparou uma pessoa doente, agora eles decidiram pela aposentadoria", afirma Fernando Alcântara de Figueiredo. A decisão de aposentadoria para o segundo-sargento aconteceu após a inspeção de saúde feita pela Força diagnosticar "transtorno misto ansioso e depressivo", "outras reações ao estresse grave", "epilepsia de lobo temporal" e "hipertensão primária". "

"O Exército insistia que a doença era uma invenção. Fomos pegos de surpresa. Nos chamaram na sexta-feira (30) no Comando do Exército para que tomássemos conhecimento da decisão", declarou Alcântara.

Apesar da vitória em obter a aposentadoria, o casal ainda luta para que o Exército não diminua o salário de Laci, que não foi considerado inválido no laudo assinado por três militares. "É isso que a gente está contestando. A gente sabe que todo paciente com problema neurológico tem que se afastar do trabalho porque tem crises, mas o justo é que ele saia com o salário inteiro", explica Alcântara.

Laci Marinho de Araújo e Fernando Alcântara de Figueiredo foram o primeiro casal de militares a assumir sua homossexualidade. Em 2008, os dois estamparam a capa da revista "Época" com a chamada: "Eles são do exército. Eles são parceiros. Eles são gays".

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