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Sargento gay quer que o Exército reconheça sua união estável

O sargento Laci de Araújo e seu companheiro, o ex-sargento Fernando Figueiredo, vão colocar o exército em mais uma saia justa. Depois de revelarem seu relacionamento estável de 10 anos e abrir o debate sobre homossexualidade no exército, Laci enviou na última quinta-feira (21/08) um pedido a seus comandantes para que reconheçam formalmente sua união com Fernando.

Os advogados do casal já avisaram que, caso o requerimento seja negado administrativamente, vão recorrer ao Judiciário em busca de uma decisão favorável. Nesse caso, o Exército seria obrigado a aceitar Fernando como dependente do sargento Laci. Assim, o ex-sargento receberia o direito aos mesmos benefícios dados às mulheres de oficiais heterossexuais, como convênio médico.

As chances dos dois conseguirem são boas. No início do mês, a justiça de Brasília pediu que o Exército pagasse uma pensão ao companheiro de um militar morto. Na decisão, a juíza reconheceu que o casal mantinha uma relação estável.

O diretor do Centro de Comunicação Social do Exército, tenente-coronel Valber Pinheiro, informou que como todos os requerimentos administrativos, o do sargento Laci "será analisado à luz de todos os regulamentos internos do Exército".

Laci voltou a trabalhar no Hospital Geral de Brasília, desde que deixou a prisão beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

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