O popular programa de comédia “Saturday Night Live” (SNL) voltou a colocar o ex-presidente Donald Trump sob os holofotes em sua última edição, desta vez focalizando uma tentativa considerada bizarra pelo show: a de vender Bíblias. A esquete, que rapidamente se tornou viral, apresentou um Trump interpretado pelo comediante Alec Baldwin, tentando comercializar edições personalizadas da Bíblia, assinadas por ele mesmo.
O segmento, caracterizado pelo humor afiado e crítico pelo qual o SNL é conhecido, satirizou não apenas a tentativa de venda, mas também o modo como Trump se posiciona em relação à religiosidade e seu apelo junto ao eleitorado religioso. A performance de Baldwin, repleta de exageros e gesticulações que remetem ao ex-presidente, destacou frases como “Esta é a melhor Bíblia, acreditem em mim” e “Ninguém ama a Bíblia mais do que eu”, provocando risadas e reflexões sobre a autenticidade e as intenções por trás de tais ações.
Embora a esquete seja uma obra de ficção e comédia, ela traz à tona discussões reais sobre a influência da religião na política americana e a forma como figuras públicas, especialmente aquelas com ambições políticas, podem tentar se aproveitar dessa influência para benefício próprio. A repercussão do quadro levanta questionamentos sobre a separação entre religião e estado, e até que ponto a fé pode ser utilizada como ferramenta em campanhas eleitorais e na busca por apoio político.
A tentativa de Trump em vender Bíblias, embora fictícia, serve como um espelho ampliado das táticas por vezes utilizadas por políticos para angariar apoio, evidenciando uma linha tênue entre a expressão genuína de fé e a manipulação da religiosidade para fins políticos. A esquete do SNL, através do humor, convida o público a refletir sobre essas questões, mantendo viva a discussão sobre ética, religião e política na sociedade americana contemporânea.
