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Se a familia não vai à parada gay, a parada gay vai à família

Sempre achei o elemento mais eficaz contra o preconceito da parada gay o fato de famílias e crianças participar e entender como ser gay é natural e normal, infelizmente o sucesso da parada gay de SP tem afastado famílias devido à lotação e demais excessos.

Neste final de semana um grande amigo comemorou seu aniversário em um sitio e convidou três grupos para o evento, o primeiro é a família evangélica que ficou com a piscina, o segundo são ‘manos’ funcionários da empresa em que ele trabalha que dominaram a quadra de futebol, e o terceiro das ‘bilus’ amigas que ficaram perto da altíssima aparelhagem de som, que tocava o bate cabelo completo das boates.

Por mais que houve divisão dos núcleos, e até um aviso para os casais gays não trocarem beijos, não teve como não haver integração nos três núcleos. Todos se misturaram e brincaram com as crianças, cunhados e irmãos.  Parece que gerou um efeito parecido das famílias heterossexuais na parada, no mínimo gerou pensarem o quanto somos típicos e normais, namoramos, dançamos, somos bonitos, feios, magros, gordos, malhados… Igual a todos eles.

Se a parada gay não for a salvação da comunidade como esperávamos, festas como essas promovidas por gays inteligentes, assumidos, orgulhosos de ser quem são, quebram preconceitos em seus núcleos de convivência e podem realmente converter homofobicos em amigos da comunidade. 

Eu me orgulho de conhecer algumas dessas pessoas, que transitam nesses mundos com tanta facilidade, graças à popularidade e conseguem fazer essa integração tão difícil.

Parabéns meu amigo Edson.

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