Questionado sobre quais pastas cortaria, o candidato tucano mencionou cinco: LGBT, Mulheres, Igualdade Racial, Juventude e Pessoas com Deficiência. Detalhe: não existe secretaria LGBT.
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, prometeu reduzir de 27 para 20 o número de secretarias na administração municipal caso seja eleito.
O objetivo seria corte de gastos.
"Não vamos mudar as políticas [desses setores]. Só não teremos mais secretarias", explicou.
Segundo o candidato, a ideia é agrupar em coordenações o que antes eram secretarias e ligá-las diretamente ao gabinete da Prefeitura.
O tucano fez campanha na manhã desta quinta-feira, 18, em uma feira livre no Jardins. No terceiro dia de esforços, Doria disse que já fez aportes financeiros do próprio bolso, mas não revelou o valor.
"Há perspectiva de doações, mas com a legislação atual é mais difícil", disse o candidato.
Qualquer semelhança com o que Temer fez logo que assumiu a presidência do país é mera coincidência.
Do outro lado…
Para Alessandro Melchior atual coordenador de políticas para LGBT na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, o candidato mostrou despreparo ao abordar a questão: "Ele não sabe como a cidade ou a Prefeitura funcionam, quer extinguir secretarias que ainda nem possuem o status de secretaria, como é o caso de LGBT e Juventude".
Melchior também explica que a criação da Secretaria de Direitos Humanos em São Paulo representou um marco na história da cidade, possibilitando construir iniciativas que são referências internacionais, como o Transcidadania, o De Braços Abertos ou o Centro de Referência para Imigrantes. Retomar o formato anterior, construído na gestão do PSDB é acabar com os programas e serviços de atendimento à população.
"Não existe política pública finalística vinculada ao gabinete do Prefeito, apenas áreas transversais. A política LGBT da cidade de São Paulo não se limita à transversalidade, ou seja, à incidência na Saúde, Educação, Assistência Social, nós temos a maior rede de serviços específicos para a população LGBT do Brasil e ele quer acabar com isso, talvez tendo como exemplo o Governo do Estado, onde essas áreas estão na Casa Civil e não tem política pública, não tem centros de referência, não têm orçamento nem equipe. Uma Unidade Móvel LGBT nossa tem uma equipe maior que a Coordenação LGBT do Governo do Estado de São Paulo, de onde o João Dória quer exportar seu modelo de gestão para a Prefeitura de São Paulo", concluio o coordenador.
E vocês,o que acharam da proposta do candidato? Comentem e deixem sua opinião!