A sede da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT) foi invadida na tarde desta segunda-feira, 11/2. O presidente da Associação, Alexandre Peixes, o Xande, que estava sozinho no momento da invasão, foi agredido pelas costas, amarrado, vendado, amordaçado e ficou desacordado. Ao recobrar a consciência, Xande pediu ajuda e foi levado ao hospital. Neste momento, encontra-se sendo atendido e fazendo exames.
As informaçõees são de Regina Facchini, ex-vice Presidente da Associação da Parada, que está acompanhando Xande na Santa Casa, onde aguarda para fazer tomografia. Segundo ela, a sede da APOGLBT também foi assaltada, mas ainda não se sabe qual quantia foi levada. "A pessoa que invadiu a sede já chegou sabendo que lá era a Associação, mandando Xande não olhar para trás e xingando, chamando de sapatão do caralho", contou Regina.
Segundo Beto de Jesus, da executiva da ABGLT e da direção da ILGA (Associação Internacional de Gays e Lésbicas), o episódio é muito grave e vem demonstrar a que ponto a homofobia pode chegar. "Então, eles agora invadem nossas sedes, nos roubam, nos agridem, já não basta toda violência"? Para o militante, a situação é insustentável: "Se nem a sede da maior Parada do Orgulho do Mundo e seu presidente estão protegidos da violência, o que a população GLBT pode esperar?".
Julian Rodrigues, do Instituto Edson Neris e do Fórum Paulista GLBT, cobra a aprovação imediata do Projeto de Lei que torna crime a homofobia (o PLC 122/06). Para Rodrigues, é fundamental que o caso seja esclarecido e os culpados punidos o mais rapidamente possível: "O Instituto Edson Neris é totalmente solidário à Parada e conclama todo o movimento de São Paulo para se mobilizar e exigir uma resposta imediata das autoridades".
