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“Sem Brokeback Mountain, Milk não teria sido possível”, diz Gus Van Sant

Gus Van Sant, diretor do filme ‘Milk- A Voz da Igualdade’ – que retrata a vida de Harvey Milk, primeiro ativista norte-americano assumidamente gay a ser eleito para um cargo público -, está na edição de fevereiro da revista Rolling Stone. Para a repórter Teté Ribeiro, o cineasta disse acreditar que um dia os Estados Unidos terá um presidente gay.

A respeito de sua obra, o diretor revela ter certa admiração pela morte [a temática é abordada em Elefante e Paranoid Park, filmes do diretor], porém, em Milk, disse ter ocorrido o contrário. "A vida do Harvey Milk era muito mais importante para mim… Adoraria que ele estivesse vivo".

Ao ser indagado porque escolheu apenas atores heterossexuais para atuar em Milk, o Gus Van Sant diz que isso se deu por não haver muitos atores assumidos em Hollywood. "Não exitem muitos atores abertamente homossexuais no cinema. Fora o Rupert  Everett, o Alan Cumming e a Anne Heche por um tempo, quem são os grandes astros gays?". O diretor ainda diz que o Allan Cumming (que interpretou o personagem Noturno em X-Men 2) poderia ser o Harvey Milk, mas o projeto não teria tanto dinheiro.  

Na entrevista, Gus Van Sant fala também da importância de Brokeback Mountain, que "ajudou Milk a ser rodado". Para ele, o longa dos caubóis gays "virou um modelo de negócio, sem o filme de Ang Lee não sei se conseguiria fazer o meu".

"Milk" foi indicado a oito estatuetas do Oscar. Entre elas, a de melhor diretor, filme e ator.

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