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Sem machos, lagartos lésbicas fazem sexo e conseguem se reproduzir

Relações homoafetivas no reino animal são mais comuns do que se imagina. O que ninguém esperava, entretanto, é que esse tipo de interação pudesse subverter as leis da biologia – e calando a boca dos conservadores religiosos – é que duas espécies do mesmo sexo pudessem reproduzir.

Uma espécie híbrida de lagartos rabo-de-chicote, em que só há fêmeas, não apenas o sexo lésbico é sua única forma de interação sexual, como também o meio pelo qual elas se reproduzem. Isso mesmo, sem haver necessidade nenhuma de contato físico com machos.

Esses peculiares animais podem ser encontrados na região compreendida entre o México e o sudoeste dos Estados Unidos, e se procriam por partenogênese, uma forma de reprodução assexuada que é caracterizado pelo desenvolvimento e crescimento de um embrião sem a fertilização.

O que chama a atenção no caso das lagartos rabo-de-chicote é que elas prescindem do sexo com fins reprodutivos, mas não dispensam o ritual do acasalamento, feito entre elas, em um “romance lésbico” animal.

Neste ritual, uma das lagartos fêmeas, tomada por uma “onda” de progesterona, simula o papel do macho, “montando” na parceira, que a morde. Este ato sexual, aparentemente sem nenhuma relação com a questão reprodutiva dos animais, no entanto, tem implicações sensíveis na procriação destas espécies.

O ato da cópula não é obrigatória que essa espécie de lagartos se reproduzam, entretanto, estudos científicos apontam que fêmeas que realizam esta simulação são mais férteis do que aquelas que não a fazem.

As espécies de lagartos em que existem apenas fêmeas se originam por hibridização: duas espécies diferentes de lagartos rabo-de-chicote, macho e fêmea, se cruzam e dão origem a uma terceira. Este animal híbrido, no entanto, não é estéril e se reproduz por partenogênese.

Normalmente, animais que nascem por este tio de reprodução possuem organismos geneticamente idênticos aos progenitores, sendo, por isso, mais vulneráveis. Mas isso não ocorres com as lagartos rabo-de-chicote.

Na formação dos óvulos, elas podem recombinar cromossomos irmãos ao invés de cromossomos homólogos: este mecanismo incomum garante a manutenção da diversidade genética.

Às vezes, ocorre na natureza, também, o cruzamento entre esta espécie híbrida fêmea com um macho de outra espécie. Deste acasalamento pode surgir outra espécie híbrida partenogenética. Deste “híbrido do híbrido” combinações cromossômicas estranhas podem surgir: a soma cromossômica do espermatozoide com o óvulo, um mais dois, origina uma espécie com três conjuntos de cromossomos.

“Essa espécie híbrida já é considerada uma outra espécie, que pode vir a cruzar com uma terceira, ou ainda cruzar com uma daquelas que deram origem a ela. E aí você tem diferenças no número de cromossomos. Você pode ter envolvido na partenogênese bichos que são diploides e bichos que tem um conjunto de cromossomos a mais, que são triploides”, diz a professora de Genética e Evolução da Unifesp Katia Pellegrino.

Em geral, as células sexuais –ou gametas– têm a metade de cromossomos que o restante das células, mas essas fêmeas híbridas de lagartos rabo-de-chicote fogem à regra e possuem a mesma quantidade –daí estas combinações possíveis.

Graças à duplicação cromossômica, estas espécies podem recombinar cromossomos irmãos e ter como mínimo o mesmo jogo de cromossomos que seus progenitores. Com um rico repertório genético, podem, então, dar origem a uma nova linhagem.

E assim vão se sucedendo as gerações de lagartos de rabo-de-chicote. Sem machos, com "romances lésbicos".

 

 

 

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