Antes, o casarão em Pinheiros era usado apenas uma vez por mês com a ‘La Perdición’. O sucesso da festa levou as organizadoras a lançarem na última sexta-feira (14/02) a The L Club. A nova boate, que abrirá todas as sextas-feiras, promete mudar a cara da noite lésbica paulistana.
O único heterossexual que ameaçou entrar na festa foi barrado na porta. No meio da noite, subiam nas mesas lindas moças, as chamadas ‘Tequileiras’, que colocavam bebida na boca das meninas e as levavam à loucura.
A reportagem chegou ao local por volta da meia-noite e percebeu uma grande escadaria, e uma fachada iluminada nas cores rosa e verde. A fila de meninas para entrar na casa chegava até a calçada. Entre as árvores, garotas de todas as idades e estilos, sorridentes e perfumadas a espera para adentrar ao casarão.
Lá dentro, um ambiente aconchegante, mesas no estilo rústico e piso de madeira, música ao vivo, quadros no estilo Miró Teixeira e telões com a exibição da série ‘The L Word’. Algumas meninas estavam sentadas num primeiro ambiente, outras pulavam ao som de MPB. Houve também a distribuição de pirulitos.
Tequileiras
O ponto alto da noite foi a apresentação das chamadas Tequileiras, belas moças que subiam nas mesas para despejar um pouco de bebida na boca das meninas, que se revezavam na disputa por um espaço. Um momento para extravasar as emoções.
À uma hora, a pista de house music foi aberta e as meninas pularam ao som da Dj Sandra Bull, num ambiente cheio de luzes, mas com pouca acústica. Em um dos cantos, havia uma espécie de dark-room para meninas, onde elas podiam se beijar mais a vontade.
Por volta das 3h da manhã, quando o repórter saía do local, ainda havia fila na entrada para a boate.
Problemas
Apesar de uma atenciosa recepção dos garçons e das recepcionistas (heterossexuais), a casa parece não comportar a demanda de pessoas. Durante toda a noite, eram quase 600 meninas. Com o pouco espaço e a dificuldade para se movimentar. Ficou registrada pelo menos uma briga.
Os banheiros também são pequenos, causando filas intermináveis.
Homens
No site da ‘The L Club’ o valor cobrado para homens era assustador, 300 reais. Tal medida surtiu efeito e a presença masculina não foi vista no local, a exceção se fazia a quem trabalha na boate ou a quem estava lá a trabalho.
O fotógrafo Richard, 23, contou ao A Capa sobre a sensação de ser o único homem heterossexual em uma balada só de meninas. "Me sinto um privilegiado por estar no meio de mulheres. Mas, nas festas delas [criadoras da The L Club e organizadoras da festa ‘La Perdición’] nunca fiquei com nenhuma menina", declarou.
Serviço
The L Club
Todas as sextas-feiras, a partir das 23h
Rua Cardeal Arcoverde, 563 – Pinheiros (SP)
Meninas com nome na lista – R$ 10
Sem nome na lista – R$ 20
Homem – ingresso antecipado- R$300