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“Sempre fui chamado de viado e nunca me ofendi” diz cantor gay brasileiro Edy Star

Edy Star, músico brasileiro de 72 anos, foi o destaque da página da colunista Mônica Bergamo no jornal "Folha de São Paulo" deste domingo (08). Ele foi assunto de página inteira na publicação.

A matéria comentou um pouco sobre a história de Edy, desde o início de sua carreira, na década de 60, passando pela participação no disco coletivo "Sessão das Dez", capitaneado por Raul Seixas, e seu único trabalho solo, "Sweet Edy", lançado em 1974.

O cantor falou sobre diversos assuntos, e sua relação de amizade e idolatria com alguns dos medalhões da MPB, como Gilberto Gil, Maria Bethânia – de quem ele só se aproxima se estiver ajoelhado – e Caetano Veloso; com direito a fotos históricas, incluindo uma nos bastidores de um show de Caetano nos anos 80, com Edy abraçado ao cantor baiano, que posa vestindo apenas uma interessante cueca.

Edy continua desbocado e sem papas na língua. Ele reafirmou que durante sua estada na Espanha, nos últimos vinte anos, trabalhou em um cabaré mas não virou travesti, ao contrário do que diziam alguns boatos. "Sempre fui chamado de "viado" e nunca me ofendi. A palavra "gay" é uma merda. É muito bom como literatura ou pra descrever esses saradinhos que se vestem com a última moda. O que faço não é coisa de gay. É bichice, mesmo. É viadagem", contou.

Por fim, o cantor disse que está de volta ao Brasil para ficar, e que no terreno amoroso tudo vai muito bem. Ele está atualmente namorando duas pessoas: um rapaz brasileiro de 18 anos, e um moço romano de 26, este residente na Espanha. Arrasou, Edy!

Confira reportagem de A CAPA sobre o álbum "Sessão das Dez", relançado em CD este ano.

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