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Senado aprova pedido de plebiscito para as uniões gays; ativistas temem decisão

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou em votação o projeto de lei do senador Edson Camata (PMDB-ES), que convoca plebiscitos para a união civil entre pessoas do mesmo sexo, legalização do aborto, financiamento público das campanhas eleitorais, fim do voto obrigatório, redução da maioridade penal e reeleição. Na votação, Jefferson Peres (PDT-AM), relator do projeto, aceitou emenda apresentada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), excluindo o fim do serviço militar obrigatório da lista de temas a serem votados em plebiscito. Se o projeto vai de fato sair do papel e os plebiscitos convocados, ainda não se tem certeza, já que o projeto é incerto e terá que ser examinado pela Câmara. Para a militante e vice-presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de SP, a antropóloga Regina Facchini, “parece que os políticos querem entregar assuntos polêmicos na mão da população esperando que ela siga preceitos religiosos”. Welton Trindade, presidente do Estruturação (Grupo GLBT de Brasília), compartilha da mesma idéia. “Se no século retrasado a abolição da escravatura fosse decidida por plebiscito, nós ainda teríamos escravidão no Brasil, com a união civil é a mesma história. Se isso acontecer, será muito triste, afinal batalhamos para ter uma discussão mais qualificada nesse nível”. Para Welton, se o plebiscito fosse convocado nesse momento, dificilmente conseguiríamos o direito a união civil. Ele ressalta ainda que “tanto a Igreja Católica quanto a Evangélica tem muito dinheiro para financiar uma campanha do “não” contra a união civil entre homossexuais, e infelizmente acredito que o jogo seria um pouco baixo”.

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