A comissão de direitos humanos do senado chileno definiu que se inclua os gays , lésbicas, travestis e transexuais no projeto de lei anti discriminação que está sendo debatido no parlamento do país. Com uma votação disputada a comissão de direitos humanos aprovou o artigo 3 do PL que estabelece medidas contra a discriminação.
Os senadores Nelson Ávila (PRSD) e Jaime Naranjo (OS) votaram favoravelmente a emenda, Andrés Chadwicki (UDI) votou contra e Carlos Cantero (IND) se absteve. O presidente do MOVILH, principal grupo na luta GLBT no Chile, Rolando Jiménez comemorou. "Fazem 10 anos que lutamos por essa lei. Em 2005 conseguimos que o projeto do governo incluísse a orientação sexual e de gênero, numa batalha dura com os setores conservadores, hoje ganhamos uma batalha e estamos felizes".
A redação definitiva do artigo 3 deverá estipular o que se entende por discriminação, exclusão e restrição por conta de raça, cor, nacionalidade, situação socioeconômica, religião, sexo, orientação sexual, estado civil, aparência física e genética, enfim, o projeto visa criminalizar qualquer tipo de ação que prive o legítimo exercício do direitos da pessoa física.
No final da sessão os senadores aliados, membros da sociedade civil e grupos militantes festejaram com gritos e abraços, pois essa é uma luta que eles travam desde 1998. A expectativa é que nas próximas semanas a presidente Bachelet sancione a lei.
