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Senado e Câmara da Austrália rejeitam casamento gay

Não foi dessa vez que os gays australianos poderão realizar o sonho de se casarem. Apesar de ser apontada como um país com muitos simpatizantes, inclusive candidato a sediar uma Copa de rúgbi gay com apoio da primeira-ministra, Julia Gillard, a questão parece mais complicada quando envolve leis e direitos.

Na última terça-feira (18), a Câmara da Austrália rejeitou um projeto de lei do deputado Stephen Jones que introduziria direitos de casamento igualitário para casais de mesmo sexo por 98 votos a 42.

Nessa quarta (19), outra tentativa também falhou. O Senado rejeitou um projeto semelhante, de autoria da senadora Trish Crossin (foto), por 41 votos a 26.

As derrotas eram, porém, esperadas. Na terça-feira, a ministra das Finanças Penny Wong já tinha derrubado expectativas de que as leis fossem aprovadas. "É muito difícil que essa lei passe", comentou.

Embora a primeira-ministra seja também contrária ao casamento gay, Wong culpou o líder da oposição, Tony Abbott, pelas derrotas. Abbot não aceitou liberar o "voto de consciência" para os políticos de seu bloco.

John Hogg, presidente do Senado, disse que a Casa tinha uma crença profundamente arraigada de que o casamento era entre homem e mulher – e ainda disse que condenar sua visão sobre o assunto era praticar discriminação contra ele!

A derrota, porém, não derrubou os ânimos do movimento gay australiano, que, mesmo se sentindo traído, resolveu continuar a campanha pelo casamento igualitário.

"Permaneço confiante, pelo fato de que, da última vez que o Senado votou sobre o casamento igualitário, em 2009, só seis senadores votaram a favor, e agora esse número aumentou quatro vezes", comentou Rodney Croome, do Tasmanian Gay and Lesbian Rights Group e coordenador de campanha do Australian Marriage Equality.
 

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