Na última sexta-feira (15), a polícia senegalesa usou gás lacrimogêneo para reprimir manifestantes anti-gays nos arredores de uma mesquita em Dakar, que protestavam contra a publicação de fotos de um casamento homossexual realizado nesse país de maioria muçulmana.
A revista “People Icone” publicou fotos em sua edição de fevereiro que teriam sido tiradas em uma cerimônia de casamento entre dois homens. No Senegal, a homossexualidade é considerada ilegal. Segundo o Código Penal, ela é passível de uma pena de um a cinco anos de prisão e pagamento de uma multa entre 153 a 2.300 euros.
“Queremos que os homossexuais sejam banidos deste país. Vamos continuar lutando para que o Senegal se torne uma nação muçulmana”, disse o xeque Tidiane Ndiaye. “Esta prática não segue os preceitos da religião praticada neste país.”
Durante o protesto, grupos de manifestantes carregavam faixas com os dizeres “Não queremos homossexuais”. 38 dos 85 membros das Nações Unidas que proíbem práticas homossexuais estão na África. Desde 2006, a África do Sul permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.