in

Ser lésbica é uma decisão política?

A polêmica é defendida pela jornalista inglesa Julie Bindel, que em artigo para o jornal “The Guardian” argumenta que a homossexualidade feminina é mais uma decisão política do que uma característica genética.

Bindel traça a história do Feminismo Revolucionário dos anos 70, que definiu o lesbianismo como rejeição do homem ao invés de desejo por mulher. O movimento entendia que todas as feministas podiam e deveriam ser lésbicas, causando grande polêmica entre as mulheres homossexuais e heterossexuais.

O artigo ainda discorre sobre a experiência de Bindel como uma feminista lésbica nos anos 80 e a sua percepção de fuga de uma vida heterossexual claustrofóbica. Ela acredita que o lesbianismo político faz sentido até hoje porque reforça a ideia de que a sexualidade é uma escolha e que o nosso destino não é decidido por cromossomos. A autora estranha que uma mulher passe a vida lutando contra a violência masculina apenas para dividir a cama com um homem durante a noite.

Julie Bindel conclui o artigo convocando as feministas para que abandonem a heterossexualidade. “Eu acho que é hora das feministas abrirem novamente o debate sobre heterossexualidade e abraçar a ideia do lesbianismo político. Vivemos em uma cultura em que o estupro é uma realidade diária e, ainda sim, as mulheres são culpadas por isso já que é visto como uma característica inevitável do sexo heterossexual. A violência doméstica é um problema crônico para incontáveis mulheres nas suas relações com homens. Enquanto é dito às mulheres que elas devem amar seus opressores, nós feministas lutamos contra o poder dado a eles desde o berço. Vamos lá irmãs! Parem de fingir que ser lésbica é fazer parte de um clube exclusivo. Eu prometo que você não se arrependerá.”

E você? Acredita que ser lésbica pode ser uma decisão política?

Golfista se desculpa por comentário infeliz

“Ex-gay”: camisetas para cristãos arrependidos