Scott Bessent, indicado por Trump, ignora ataques à comunidade trans e contribui para o aumento da vulnerabilidade LGBTQIA+
Em um cenário político marcado por ataques violentos à comunidade transgênero nos Estados Unidos, o silêncio de Scott Bessent, secretário do Tesouro indicado por Donald Trump, tem sido interpretado como cumplicidade diante do sofrimento crescente da população LGBTQIA+. São tempos sombrios em que o governo federal reduz serviços essenciais e implementa políticas que colocam em risco a vida de pessoas trans, especialmente jovens.
O impacto direto das políticas anti-trans
Recentemente, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA anunciou a descontinuação da linha direta nacional 988, especializada no atendimento de jovens LGBTQIA+ em crise. Com mais de 1,3 milhão de contatos desde sua criação, essa rede salvava milhares de vidas diariamente, e sua extinção representa um retrocesso cruel e fatal para a comunidade. Como alertou o CEO do Trevor Project, Jaymes Black, a medida põe em risco milhões de jovens.
Além disso, o governo Trump promoveu uma série de ordens executivas que restringem o acesso a cuidados afirmativos de saúde para pessoas trans, proibiram o serviço militar para pessoas transgênero, vetaram meninas e mulheres trans de competições esportivas femininas e revogaram o marcador de gênero “X” em passaportes, entre outras ações discriminatórias que negam a humanidade dessas pessoas.
Scott Bessent: o que se espera de uma liderança LGBTQIA+
Scott Bessent, um bilionário do mercado financeiro e o homem abertamente gay mais alto colocado no governo americano, poderia ser uma voz de resistência e empatia frente a esses ataques. No entanto, sua postura silenciosa e a ausência de posicionamentos públicos denunciam a falta de compromisso com a luta LGBTQIA+. Em meio a um governo que promove o ódio, a neutralidade do secretário do Tesouro soa como traição.
O papel de um representante assumidamente LGBTQIA+ em posição de poder deveria incluir a defesa ativa dos direitos e da dignidade de toda a comunidade. Em vez disso, Bessent prefere o silêncio — uma omissão que, na prática, contribui para a continuidade das tragédias que atingem milhares de pessoas trans no país.
Uma comunidade em luto e resistência
O impacto dessas políticas é sentido nas ruas e nos lares: o aumento das taxas de suicídio, a fuga de famílias trans para outros países como o Canadá em busca de segurança, e o desmonte de políticas públicas que garantiam acesso a serviços vitais. A omissão de líderes LGBTQIA+ torna essa crise ainda mais profunda.
É urgente que toda a comunidade LGBTQIA+ e seus aliados exijam responsabilidade e posicionamento claro de quem ocupa cargos de poder. O silêncio diante do transfeminicídio, da exclusão e da violência não pode mais ser tolerado.
No momento em que a luta por direitos e reconhecimento enfrenta retrocessos, a união e a mobilização são essenciais para resistir às investidas que ameaçam apagar vidas e histórias. Que a ausência de vozes importantes como a de Bessent sirva de alerta para a importância de uma liderança comprometida e corajosa, capaz de transformar o cenário político e social para melhor.
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