Sílvia Pfeifer é sempre lembrada por ter interpretado a lésbica Leila, que precisou morrer ao lado de namorada Rafaela (Christiane Torloni) após a rejeição do público da novela Torre de Babel, da TV Globo, em 1998.
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Dezesseis anos depois, ela disse em entrevista ao jornal Agora que não sabe de onde surgiu a ordem para acabar com as personagens e o que motivou a histórica censura na teledramaturgia.
"Não entendo até hoje de onde veio a censura. No estúdio, já eram cortadas várias cenas e falas. A história foi se esvaziando", afirma ela, cuja personagem acabou morrendo durante a explosão do shopping.
Para Silvia, o autor Silvio de Abreu soube sair da saia-justa, apesar do marco negativo para a comunidade LGBT. Ele matou Leila e deu uma personagem gêmea para Silvia continuar na trama.
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"Ele soube lidar muito bem com tudo. No final, foi um presente ele ter me matado na trama. A personagem de Christiane já morreria. A minha, Leila, viveria outro 'affair'. Como houve aversão à ideia, Leila ficaria perdida e Silvio a matou. Voltei como a sua irmã gêmea.
Vale lembrar que, antes de morrer, as personagens dizem: "É tudo culpa desse maldito preconceito". E que, no dia 3 de novembro, Silvia e Christiane voltam a contracenar juntas na novela Alto Astral. Elas farão um triângulo amoroso com Edson Celulari.
Relembre a cena: