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Skinheads voltam a atacar e circular pela rua Augusta

Noticiamos, infelizmente, mais um caso de agressão ocorrido na rua Augusta. O garoto foi espancado por dez skinheads.  Particularmente a referida rua é o lugar onde prefiro ir com os meus amigos e namorado. Mas, nos últimos meses tenho reparado que skinheads voltaram a circular cheios de pompa pela rua. Andam em bando e encarando a todos.

Nos anos de 2005 e 06 esses grupos compostos por jovens ignorantes e intolerantes promoveram uma série de ataques contra homossexuais e Emos que circulam pela Augusta. O limite foi quando, em uma noite de sábado, um grupo de carecas que estavam bebendo no bar Vitrine agrediram uma lésbica dentro do referido local.

Grupos se organizaram e promoveram uma passeata pela rua em plena sexta-feira fria chuvosa. Nessa época a DECRADI foi pra cima e prendeu vários grupos e encontrou outros. Eles sumiram, ou deixaram de circular, se esconderam e aguardaram a poeira baixar. Porém, no começo desse ano tivemos a notícia de um primeiro caso em frente ao Metrô Consolação, onde um adolescente foi espancado por um grupo de mais de dez pessoas.

A ascensão desses ataques e a não punição dos que promovem encoraja outros a fazerem e aos primeiros continuarem. A DECRADI na pessoa da Dra Margareth tem feito o possível, mas são poucos e eles tem que lidar com  a questão de torcidas organizadas. Pense quantos jogos têm por semana? Some isso aos ataques homofóbicos. Enfim, é praticamente impossível que eles dêem conta desse drama.

Também entramos a segunda fase do problema, o Boletim de Ocorrência. Nos últimos casos de agressões homofóbicas todas as vítimas relataram que não fizeram BO. Alguns motivos:

– temem serem maltratados pelos policiais de plantão
– a necessidade de testemunhas e a má vontade destas
– o sentimento de que nada irá ser feito
– e o total desconhecimento da DECRADI, CADS e e da Coordenação Estadual da Diversidade Sexual

A verdade é que vivemos em uma sociedade homofóbica (nossa, já virou lugar comum falar isso). Mas com bem apontou Regina Facchini, tal drama só começará a ser amenizado quando o poder executivo o tratar com prioridade dentro da questão de segurança pública. Enquanto isso não acontece nós permanecemos desconfiados.

Em tempo:

A informação é a nossa melhor arma. Portanto disponibilizo aqui dois links onde você pode se informar como denunciar homofobia. Também coloco endereço de dois órgãos que cuidam de casos de intolerância e homofobia.

Manifesto Não Se Cale (Organizado pela Associação da Parada Gay de São Paulo). Clique aqui.

Blog 30 idéias. Muito bom. Clique aqui e conheça.

Decradi – Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância
Endereço: Rua Brigadeiro Tobias, 527, 3º andar, Luz
Atendimento: das 9h às 19h.
Telefone: (11) 3311-3985 – Fax: 3315-0151
E-mail: delitosintolerancia@ig.com.br
dhpp@policiacivil.sp.gov.br
Referência: Próximo ao Metrô Luz e ao Ministério da Fazenda

CADS – Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual
Endereço:
R. Líbero Badaró, 119
6º andar
Telefone:
3113-9743/9748/9754

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